Plataforma Estado da Dança

Por Redação
23/08/2010 17:33 / Atualizado em 09/09/2010 12:01

De 1º a 12 de setembro de 2010, o Teatro de Dança organiza a segunda edição do projeto Plataforma Estado da Dança. Os espetáculos acontecerão em três lugares diferentes: Centro Cultural São Paulo (CCSP), Estação da Luz e no palco do próprio TD.

Em 11 dias serão apresentados 15 espetáculos, todos eles premiados pelo último edital do ProAC (Programa de Ação Cultural/2009), da Secretaria de Estado da Cultura, na categoria ‘novas produções’.

Como forma de reflexão sobre as formas de programação em/de dança no Brasil, neste Plataforma serão promovidos dois encontros (dias 3 e 10 de setembro) com a participação de 20 curadores e programadores, profissionais especialmente convidados para acompanhar a programação.

Veja a programação completa:

Teatro de Dança, 01 de Setembro, quarta-feira, 21h

“Ma be Ma”

Ma be MA é um espetáculo que apresenta o encontro entre Tadashi Endo e o artista plástico Manabu Mabe. Através de cenas coreografadas é traçado um caminho que busca alcançar através dos corpos dos bailarinos a intensidade das cores e dos movimentos das pinturas de Mabe.

Teatro de Dança, 02 de Setembro, quinta-feira, 21h

“Anjos Negros”

A pesquisa teve início em Corpos Frágeis, espetáculo em que a Cia Fragmento se inspirou na vida e obra de nove mulheres, dentre as quais Virginia Woolf. Anjos Negros tem na escritora sua primeira fonte de pesquisa, mas sem buscar uma releitura de seus romances ou personagens. O que interessa são os espaços que se abrem na intertextualidade e na relação vida e obra. Espaços que nos possibilitam discutir o ser humano em sua inadequação e contradição permanentes. Espaços que nos mostram quantos ?personagens? de nós mesmos criamos para não revelar o que está dentro.

CCSP, Espaço Cênico Ademar Guerra, 04 de Setembro, sábado, 19h

“Rútilo Nada”

O espetáculo Rútilo Nada foi contemplado com o Programa de Ação Cultural ? PROAC/2009, e tem como ponto de partida a novela homônima de Hilda Hilst. Segundo o crítico Roberto Corrêa dos Santos, Rútilo Nada ?é um espesso poema sobre o corpo: as regiões eróticas, as camadas externas ? a pele, as excrescências, as formas ? e as internas: o corpo por dentro, movendo-se nos seus circuitos, ossos, massa, tripa. Neste sentido essa obra estabelece um elo de conexão direto com o ponto de partida do criador em dança, que tem o corpo como lugar e meio para a realização de seu trabalho?.

Teatro de Dança, 05 de setembro, domingo, 19h

“Campo Minado”

Campo Minado trata das formas de ?assujeitamento? geradas pela relação entre um corpo e um dispositivo. O trabalho é o formato mais recente de uma investigação que se iniciou em 2006, dentro do projeto Interferências ? estudo sobre as tensões entre corpo e ambiente. Na atual etapa da pesquisa, partimos da ideia de campo minado, para traçar uma analogia ao corpo atingido por minas terrestres, cuja condição aponta a perda de função e de valor. O corpo do sujeito minado – aquele que pisou numa mina – é determinado pela pressão dos pés sobre explosivos que podem ser detonados a qualquer movimento. Trata-se de um corpo biologicamente vivo, mas social e culturalmente esvaziado.

Teatro de Dança, 06 de Setembro, segunda-feira, 20h

“Verdades não acabadas e vacilantes

O espetáculo resultante do projeto Verdades não acabadas e vacilantes apresenta uma proposta de interação entre dança e música, visando o fluxo por essas linguagens por meio da improvisação. A trilha sonora é de autoria das intérpretes, que tocam piano e acordeon ao vivo no espetáculo. Inspirando-se livremente nas obras ?A insustentável leveza do ser?, de Milan Kundera e ?Um sopro de vida?, de Clarice Lispector, o duo abordará as diversas maneiras através das quais o indivíduo se relaciona com as contradições inerentes à existência humana.

Teatro de Dança, 07 de Setembro, terça-feira, 20h

“Clariarce”

Clariarce é livremente inspirado na obra Água Viva, de Clarice Lispector. Aqui, variadas dinâmicas corporais se interceptam e se dinamizam num jogo de conexões intertextuais: textos coreográficos, literários e fotográficos, num vai-e-vem de sensações que se derramam numa fluidez poética em relação ao instante ao vivo.


CCSP, Espaço Cênico Ademar Guerra, 08 de Setembro, quarta-feira, 17h e 19h

“… e para compartilhar mais do que lágrimas?”

Segunda parte de trilogia ?lar? do Núcleo Fronteiras. Antecedido por As minhas tuas lágrimas, cuja narrativa delineava-se a partir da construção de uma casa-instalação onírica, habitada por um homem e uma mulher. Zona de exposição, confronto e conforto.

CCSP, Sala Adoniran Barbosa, 08 de Setembro, quarta-feira, 20h

“Diários de Viagem”

O novo trabalho do OMSTRAB mistura ficção e realidade num espetáculo de Dança Contemporânea e Musica especialmente composta e executada ao vivo. As imagens do espetáculo percorrem situações vividas pelo Núcleo em viagens pelo Brasil e por países de três continentes, através de depoimentos dos artistas e situações cênicas que abordam a percepção espacial do tempo traduzida em movimento.


CCSP, Espaço Cênico Ademar Guerra, 08 de Setembro, quarta feira, 21h

“O mesmo lugar de sempre”

Estabelecer uma sociedade paralela com regras e deveres próprios é a meta de quatro homens aprisionados em um espaço delimitado por sua própria estrutura (uma arquibancada que será utilizada como cenário). Este ambiente restrito e desconhecido instaurará um clima de desejo, esperança, tensão e angustia, onde a espera constante será traduzida por seus movimentos e sensações. Toda esta atmosfera estará inspirada em uma pegada musical punk, ao som da banda londrina Sex Pistols, ícone do estilo.

Teatro de Dança, 09 de setembro, quinta feira, 21h

“Po-éticas”

Po-éticas é um projeto de dança que pretende resgatar os procedimentos criativos e poéticos de trabalhos solos de Mariana Muniz, criadora-intérprete com uma trajetória reconhecida no cenário da dança contemporânea brasileira.


Teatro de Dança, 10 de Setembro, sexta feira, 21h

“Temporários escapes

Temporários Escapes propõe uma reflexão poética sobre as sensações experimentadas nos grandes centros urbanos. O ritmo da metrópole pulsa na dramaturgia deste solo de dança por meio de uma movimentação ora urgente e calculada, ora fluida e suavizada, que recria as contradições desta experiência urbana que ao mesmo tempo seduz e sufoca.

Teatro de Dança, 11 de setembro, sábado, 20h

“Experimentações cinematográficas ou o que você faz quando todas as imagens do mundo não cabem em uma ideia?

Experimentações Cinematográficas… tem como ponto de partida o conflito de um corpo em sua busca compulsiva por organizar aquilo que parece ?estar fora do lugar?, aquilo que parece não ter cabimento. É, principalmente, uma ação que nos permite questionar nosso próprio fazer, ao colocarmos o corpo em atrito entre o cinema e a dança. O que você faz quando se está fora do lugar? Quando o corpo parece não ter cabimento? Quando todas as imagens do mundo não cabem em uma ideia?

Teatro de Dança, 12 de Setembro, domingo, 19h

“Público em 3 atos e um livreto

Cinco solos foram criados a partir de sensações relacionadas às trajetórias de dança dos integrantes do grupo. Os percursos, em cena, acontecem simultaneamente e se permeiam configurando outras relações. Os espaços de intimidade foram explorados, assim como o contato entre as pessoas. Permeabilidades. Intensidades. Ficção como realidade no corpo. Realidade como pura ficção. Modos de acionar a percepção.

Estação da Luz, 09 de Setembro, quinta, 15h

“Duas Memórias

Duas Memórias nasce da leitura corporal e sensorial de espaços históricos e de grande circulação de pessoas, acompanhada das obras da compositora Chiquinha Gonzaga (final do séc. XIX e início do séc. XX) que foram adaptadas para a formação instrumental do grupo (piano, violino, escaleta e percussão) e podem ser executadas tanto na versão original, como transformadas por meio da improvisação.