Instituto Carrefour dedica o mês a road movies

Palestra abre o lançamento do livro “Na Estrada: O Cinema de Walter Salles”, do crítico Marcos Strecker, que acontece dia 3 de agosto, no Instituto Carrefour

O Instituto Carrefour estreia sua programação cultural do mês de agosto com palestra do crítico Marcos Strecker, que discute o gênero cinematográfico Road movies – filmes de estrada e analisa a filmografia do cineasta Walter Salles e o impacto de seus filmes no cenário do cinema brasileiro. A palestra, que inicia às 19 horas, será seguida pelo lançamento do livro Na Estrada: O Cinema de Walter Salles, de Marcos Strecker.

Confira trecho

A obra traz as principais influências do cinegrafista como diretor, a relação com diretores e artistas nacionais e internacionais, além da recepção de público e crítica. O livro apresenta um perfil biográfico de Walter, desde a sua infância até os dias de hoje, e uma conversa de Walter com o diretor alemão Wim Wenders, sobre a experiência de ambos em trabalhar no cinema norte-americano.

Gênero essencial para Walter, realizador de Terra Estrangeira e Diários de Motocicleta, os “road movies” também são objeto de análise do livro, que apresenta seus novos projetos, como o filme On the Road, produzido por Francis Ford Coppola e adaptado da obra de Jack Kerouac, considerado de difícil adaptação para as telas por ser um dos marcos da contracultura nos EUA.

Marcos Strecker acompanha a carreira de Walter desde seu primeiro longa – A Grande Arte (91), e realizou várias entrevistas com o diretor, além de ter acompanhado seu processo criativo.

A Mostra “Na Estrada – road movies”, a ser apresentada por Strecker nos dias 10, 17 e 24 de agosto, convida o espectador a uma aventura com a exibição dos seguintes filmes: Diário de Motocicleta, Walter Salles, 2004, no dia 10; Família rodante, de Pablo Trapero, 2004, no dia 17; e Paris Texas, de Wim Wenders, 1984, no dia 24.

No cinema, os primeiros “road movies” traduziram a descoberta de novos territórios ou a expansão das fronteiras. Os westerns americanos, por exemplo, representavam um País que criava a sua identidade a partir da expansão em direção ao Oeste, após a Guerra Civil. Outros filmes mais recentes representaram identidades em transformação, outros, apresentam personagens que desejam se redescobrir, que procuram viver intensamente.

Por Redação