“Intervenções Artísticas em Espaços Públicos” no Teatro da Vertigem
O Teatro da Vertigem realiza entre os dias 1 e 9 de setembro o ciclo de palestras “Intervenções Artísticas em Espaços Públicos”.
O evento traz profissionais de renome, como o arquiteto e crítico Guilherme Wisnik, o Grupo Bijari, a arquiteta e urbanista Evelyn Furquim Werneck Lima e o artista plástico Eduardo Srur.
Organizado por Antonio Araújo, diretor artístico do Teatro da Vertigem e professor do Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP, esse Ciclo de Palestras integra um processo de pesquisa e criação para conceber um novo espetáculo com previsão de estreia em 2011, e que terá como pano de fundo o bairro do Bom Retiro. Dentro desse processo, já foram realizados diversos seminários que abordaram assuntos relacionados à região, como imigração, trabalho e multiculturalismo.
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O evento reflete o próprio histórico criativo do Teatro da Vertigem: uma investigação de espaços não-convencionais para a encenação de seus espetáculos, buscando um diálogo concreto com a cidade.
Por meio dos conhecimentos dos profissionais palestrantes de “Intervenções Artísticas em Espaços Públicos”, o Teatro da Vertigem pretende problematizar as práticas de intervenção urbana, trazendo para esse debate perspectivas oriundas das artes plásticas, arquitetura e urbanismo.
Programação do Ciclo de Palestras
Dia 1
Guilherme Wisnik (São Paulo, 1972) é arquiteto e crítico. Professor da Escola da Cidade, é formado pela FAU-USP, mestre em História Social pela FFLCH-USP, doutorando pela FAU-USP, e bolsista da FAPESP.
Autor de Lucio Costa (Cosac Naify, 2001), Caetano Veloso (Publifolha, 2005) e Estado crítico: à deriva nas cidades (Publifolha, 2009), e organizador do volume 54 da revista 2G (Gustavo Gili, 2010) sobre a obra de Vilanova Artigas. Suas publicações também incluem o ensaio “Modernidade congênita”, em Arquitetura moderna brasileira (Phaidon, 2004), “Exercícios de liberdade”, em Marcos Acayaba (Cosac Naify, 2007), e “Hipóteses acerca da relação entre a obra de Álv aro Siza e o Brasil”, em Álvaro Siza modern redux (Hatje Cantz, 2008). É colaborador do jornal Folha de S. Paulo, e curador do projeto de Arte Pública Margem, pelo Itaú Cultural.
Dia 2
Grupo Bijari (Geandre Tomazoni e Maurício Brandão). Formado por arquitetos e artistas em 1996, o BijaRi é um centro de criação de artes visuais, multimídia e arquitetura, localizado na região de Pinheiros.
Ao desenvolver projetos em diversos suportes e tecnologias, o grupo propõe experimentações artísticas, sobretudo de caráter crítico. Intervenções urbanas, performances, instalações, vídeo-arte e design são meios para estabelecer possibilidades de vivências onde a realidade é amplificada. Desenvolvendo não somente a linguagem, mas, em muitos projetos, a plataforma que será utilizada, o grupo cria novas soluções para comunicação utilizando as mais diversas técnicas para impactar o público desejado.
O BijaRi é reconhecido como um centro de vanguarda em criação audiovisual e referência no circuito artístico nacional e internacional.
Dia 8
Evelyn Furquim Werneck Lima possui graduação em Arquitetura e Urbanismo (UFRJ-1968), mestrado em Artes Visuais (UFRJ-1988), doutorado em História Social (UFRJ-1997), com doutorado sanduiche na École des Hautes Études en Sciences Sociales (1994).
É professora associada da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, onde coordena o Laboratório de Estudos do Espaço Teatral e Memória Urbana. É Cientista do Nosso Estado (FAPERJ). Bolsista da Capes no Pós-doutorado na Universidade de Paris X e na EHESS (2003).
Atua principalmente nos seguintes temas: arquitetura teatral, arquitetura cênica, história do teatro, história da cidade e do urbanismo. É membro titular do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural e do Centre de Recherches Interdisciplinaires sur le Monde Lusophone.
Autora dos livros premiados Arquitetura do Espetáculo (2000) e Avenida Presidente Vargas: uma drástica Cirurgia (1990 e 1995). Publicou Das vanguardas à tradição (2006) e organizou Espaço e Teatro (2008), Espaço e Cidade (2004 e 2007) e Cultura, Patrimônio e Habitação (2004) e acaba de lançar Arquitetura e Teatro: o edifício teatral de Andrea Palladio a Christian de Portzamparc (2010).
Dia 09
Eduardo Srur começou sua trajetória como artista plástico com a pintura e, a partir de 2002, passou a investigar novas mídias como a fotografia, video, performance, instalação e, em especial, a linguagem de intervenção urbana.
É conhecido por intervenções urbanas na cidade de São Paulo que questionam o sistema social e artístico de forma crítica e bem humorada. É criador de obras como ‘Âncora’, no Monumento as Bandeiras; ‘Touro Bandido’, na Cow Parade; ‘Pets’, no rio Tietê; e ‘Acampamento dos Anjos’, no Hospital da Mulher, em São Paulo, entre outras.
Realizou trabalhos em espaços públicos e instituições culturais no Brasil e exterior. Participou de exposições na França, Suiça, Espanha, Holanda, Inglaterra, Alemanha, Itália e Cuba. Mora e trabalha em São Paulo.”