Exposição “Ninguém é uma ilha” na galeria Emma Thomas
Marcio Banfi explora o tempo, a identidade e a estética em “Ninguém é uma Ilha”. A exposição individual ocorre na Galeria Emma Thomas até dia 22 de janeiro. O artista, performer e stylist exibe fotos, instalações, objetos e vídeos que exploram uma visão sutil e ao mesmo tempo grotesca.
Banfi usa o próprio corpo como meio para produzir seus trabalhos. A peça homônima da exposição exibe a silueta do artista em uma praia com uma ilha ao fundo em uma impressão fotográfica desfocada em canvas, quase imperceptível. Ele exibe séries inéditas de autorretratos em que intervêm em si, seja por meio de um saco de papel em “Disfarce” ou pela “Anos Dourados”. Nesta última, ele utiliza cordões de ouro para reforçar suas linhas de expressões faciais e também seus fios de cabelos brancos. “A estética e o trabalho do corpo surgem de forma lúdica, inclusive por meu trabalho ligado à moda”, explica o artista.
O uso do cabelo, recorrente em seu trabalho, também está presente na mostra. São com esses materiais que Banfi exibe ready-mades (artigos produzidos em massa e expostos como obras de arte). Em conjunto com as dimensões dos corpos, as cores e tamanhos dos cabelos representam as diversas idades do ser humano nas peças “Matrioskas”.
“Ninguém é uma ilha” ainda exibe vídeos. Entre eles está “Papila”, curta-metragem que Banfi brinca com um olho falso em sua boca.
Marcio Banfi
Marcio Banfi, natural de São Paulo, Brasil, nasceu em 1974. Formado em Artes Plásticas pela FAAP, foi editor de moda em revistas como Simples e Capricho, atua como stylist em diversas editoras e campanhas, é professor na Faculdade Santa Marcelina e na pós-graduação na Faculdade Senac. Atualmente, é editor de moda da revista Gloss. Como um criador plural, seu universo passeia entre arte e moda sem preconceitos.
Banfi já expôs no Sesc, no Paço das Artes em São Paulo, na Galeria Vermelho, Galeria Mezzanino e Art Gallery of York University (Canadá).
Por Redação