Revista Rap Brasil 6

Por: Alexandre De Maio

Uma cultura dinâmica e em expansão

Entrevista de capa, a dupla Thaide e DJ Hum contava sua história e discutia temas importantes que na época abriram caminho para as conquistas que temos hoje. 20 de novembro naquela época ainda não era feriado e Thaide refletia a questão racial no país. A dupla discutia também os caminhos que a cultural Hip-Hop estava trilhando, onde muitos shows e eventos estavam acontecendo.

Face Negra, lançava o disco “O sol nasce no leste” e contava sua história para Alexandre De Maio e Rodrigo Mendes em uma das eliminatórias do Hip-Hop DJ no Sambarylove.

Faces do Subúrbio, um dos maiores destaques do Rap nordestino lançava seu disco “Como é triste de olhar”, relatando os problemas sociais e injustiças naquela região.

O rapper GOG estreava a sua coluna “Periferia Consciente”, falando sobre a dívida externa brasileira.

A revista fez uma campanha pedindo a instituição do feriado de 20 de novembro e o resgate da memória de Zumbi dos Palmares, herói nacional. E rappers como Thaide, LF e o editor da revista Capoeira Haroldo Oliveira falaram sobre a importância desse feriado.

Celso Athayde também iniciou a sua coluna Caô, onde trazia um panorama do cenário da cultura Hip-Hop carioca.

Naquele momento a cultura estava iniciando um trabalho multiplicador em escolas, onde grupos como Jabaquara Breakers organizava atividades para explicar a cultura Hip-Hop para os jovens e sua importância.

A sessão traficando informação divulgou o lançamento dos groups: A banca DRR. Código Fatal lançava seu primeiro disco “Guerra Fria”. Conexão do Morro, Manifesto Popular, Apocalipse 16, Comando DMC, DJ Cia, Sistema Negro, Tribunal MCs, SNJ, Fator Ético.

Naquele momento, RZO anunciava o CD do Sabotage, que estava no forno e era descrito como “tem tudo para ser a revelação de 2001 no Rap nacional”. A profecia se cumpriu.

W-Yo anunciava o fim do RPW e anunciava o single do seu antigo group Crime Perfeito. Rota de Colisão também anunciava um single.

Naquela época em São Paulo, todas as segundas-feiras era tradição colar no Brancaleone. DJ Hum e DJ Milk falaram um pouco da festa e da seleção musical que fazem para atrair o público fiel.

Face da Morte convidou a revista para acompanhá-los por uma turne em alguns estados do Nordeste brasileiro e a revista Rap Brasil os acompanhou por Fortaleza, Ceará e Piauí registrando artistas e ativistas da cultural Hip-Hop local e grupos como Elemento Suspeito, Comunidade da Rima, Pretos Resistentes, Atitude Feminina, Flagrante, Artigo 05/CC, Nação Sertão, Exemplo da Periferia e Clã Nordestino.

Uma entrevista com KL Jay na época apresentador e Tatiana, produtora, (ela já não está mais nesse plano) revelou um pouco dos bastidores do Yo! MTV.

Realidade Urbana lançava seu disco “Chegando na moral” e fala sobre ele em entrevista.

O Prêmio Hutus, valorizava a cultura Hip-Hop, destacando os artistas mais expressivos a nivel nacional. Realizado no Rio de Janeiro, apresentado por Paulo Brown e Camila Pitanga, entre outas personalidades como Jerson King Combo, entre os premiados a revista RAP Brasil ganhou como melhor veiculo de comunicação.