A cidade na sua mão
Confira algumas produções enviadas para o Concurso Cultural Vale Catraca “A Cidade na sua mão”. O resultado será divulgado no dia 8 de novembro.
A Cidade na Sua Mão
foto de Isabela Dearo Vieira Santos
Cuidado com o espaço entre o sonho e a Realidade
vídeo-poesia publicada por Daniel Fagundes
“Cuidado com o espaço entre o sonho e a realidade!” é uma vídeo-poesia realizada com uma câmera de celular.Fiz este vídeo com imagens das diversas viagens que faço no meu cotidiano pela cidade, nos trajetos diversos utilizando sempre o transporte público, principalmente os trens. Foram imagens que fui colhendo meio à revelia sem pretenção de produzir algo em específico, mas que à partir da instiga do concurso revolvi editar. Pois percebi a co-relação que havia entre as imagens em vídeo e as imagens textuais que estavam intrínsecas numa antiga poesia do meu livro”Lágrima terra”, publicado pelas Edições Toró, em janeiro de 2009.
A cidade na sua mão
foto de Laura Bittencourt
“Esta foto foi tirada em um domingo qualquer e me chamou muito a atenção devido ao trabalho em conjunto e a mobilização que eles estavam causando na rua. Eram muitos eletricistas em diversos postes. Pra mim, esta foto se encaixa perfeitamente no tema, pois sim, eles possuem a cidade em suas mãos. A eletricidade que temos depende do trabalho destes homens e sem eles, viveríamos num perfeito caos!”
Reflexos do Cotidiano
foto de Taís Mota
“A cidade é um espelho que reflete o nosso cotidiano, um misto de idéia e informações, culturas, religiões, cores e sons. Composta por hábitos, horários e uma porção de convenções, a cidade é o teu quintal, se tornou nosso habitat natural, todas as formas e gostos, tantos ruídos e tons, problemática, urbana e intensa, a cidade é um mundo.
Um lugar onde tudo é veloz e quase nunca estamos sós, o dia-a-dia torna o tempo escasso, você se rende a pressa e ao cansaço e se esquece do abismo que há entre ver e enxergar, quase nada é palpável, ao redor tudo parece inacessível, mas somos partes do todo, somos elementos deste universo denso e eletrificado, a cidade é encantadora e atraente, há um palmo de distância, apenas toque e tenha a cidade na sua mão.” Taís Mota.
A Cidade na sua Mão
foto de Rafael Cañas
Fotografia digital produzida na Av. Santo Amaro (Itaim/SP) com grupo de amigos vestidos com cabeças de animais imersos na urbe cosmopolita. A única cor da imagem acontece na mão de um dos “animais-homens” como representação da possibilidade de colorir o todo através do contato humano. O mais importante em qualquer cidade do mundo é o respeito e a troca entre seus indivíduos todo o resto deveria ser desenvolvido como consequência desta estrutura sensível e ética!
A Cidade na sua Mão
vídeo de Raoni Augusto e Isabela
http://www.youtube.com/watch?v=wrfZ3Fe3PH0&feature=player_embedded
“A cidade em nossas mãos aponta para a possibilidade de torná-la, através de nossas ações, um lugar melhor para viver. ” Raoni Augusto
Bonfim
foto de Flávio Siqueira
Montagem com três fotos que tirei na Av. Paulista. O que me chamou a atenção foi que pelas mãos de alguém (que não conheço), a rua ficou mais colorida e em dia nublado e frio.
Como seria uma cidade que, ao contrário, está em nossas mãos?
vídeo de Marcelo Moraes
http://www.youtube.com/watch?v=FSifwl2yhcM
A cidade na sua mão
foto de Ricardo Pássaro
A foto mostra mais que uma bela paisagem paulista. Mostra o contraste urbanístico representado pela natureza e paz do parque do Ibirapuera e ao fundo o mar de prédios que tanto representa São Paulo imageticamente.
Casa Bola
Foto de Bruno Buzzina
Foto lomográfica da famosa “Casa Bola”. Acredito que essa casa representa que podemos ter a cidade que quisermos em nossas mãos, dependemos apenas de imaginação e concreto.
Origem
vídeo publicado por Yara
Uma paulistana faz uma reflexão em off sobre como a cidade modela suas emoções, seus pensamentos, suas frustrações e seus sonhos,enquanto imagens simbólicas desse efeito que São Paulo provoca são mostradas. Como se as imagens traduzissem a alma da moradora.
Direção e fotografia: Marcelo Barabani
Roteiro: Yara Reimberg
Produçao: Totti
Ediçao: Sandrinho
Narraçao: Madeleine Alves
A Cidade na sua Mão
obra de Toto Severo
“O desenho representa o poder que meios modernos e avançados de comunicação deixam a cidade seus conteúdos e lugares à mão de todos.” Toto Severo
Petit Mariana
slideshow de Fernando Aznar
Audioslideshow gerado por imagens das redondezas da minha casa, captadas de maneira descontraída mas cúmplice com a cidade e sua gente. 123 fotos captadas no bairro da Vila Mariana. Música: “Tempestade II” e “Nem mesmo a chuva”, do grupo À Deriva
Sampa na Mão
desenho de Rodrigo Kenan
“Sampa é o coletivo.
Usufruindo os espaços urbanos de São Paulo, me alimentando de cada poeta, ilustrador, ator, e cantor. De todos os artistas que compõem a cidade. Fazendo dela um coletivo de idéias e história. Produzindo cultura, seja essa pessoa um empresário, cozinheiro ou o gari que limpa a rua. Destruindo as impurezas da cidade , busco e conquisto a minha liberdade” (Kenan).
Engula ou vomite
obra de Gabriel Martins
10/10/10
Vídeo publicado por Kico Santos e Fabio Nikolaus
“Meu aniversário caiu em um domingo melancólico, cinza, o sol mal apareceu.. Mas eu tinha um ótimo pretexto, a câmera nas mãos, as pessoas e a cidade.” Kico Santos
A Cidade na Sua Mão
Ilustração de Daniela Garbuglia
“O desenho simplifica como uma cidade grande pode ser resumida na palma da mão, longe de qualquer perfeição artística, a idéia do desenho é mostrar o ponto de vista de uma pessoa comum, tentando se expressar.” Daniela Garbuglia
Os Ciclistas
Animação de Dailton Datti
“A cidade na sua mão, em nossas mãos, é pedalando que podemos manter a nossa saúde e a saúde da nossa cidade em perfeita harmonia,tudo mais natural, menos poluição, menos trânsito e, um final colorido e céu azul!” Datti
Paulicéia
poema cantado de Sérgio Campanha
[audio:https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2010/10/SergioSC_Paulicéia1.mp3]
O coração dessa cidade
não tem idade, não tem idade
e a maldade que aqui nasceu,
calamidade, calamidade.
A porta aberta desta cidade
não tem fecho, não tem fecho
e o remelexo que aqui vingou,
adeus desfecho, adeus desfecho.
A vida urbana desta cidade
não tem morte, não tem morte
e cada porte há que se pagou,
um grande corte, um grande corte.
Os edifícios desta cidade
não tem amor, não tem amor
e o pavor que deles brotou,
fel-dissabor, fel-dissabor.
Todas as lojas desta cidade
não tem piedade, não tem piedade
e a utilidade que se comprou,
dificuldade, dificuldade.
Todos os rios desta cidade
não tem conserto, não tem conserto
e todo acerto que se tentou,
virou enxerto, virou enxerto.
E as pessoas desta cidade
hilaridade, hilaridade,
em cada canto que se pisou,
humanidade, humanidade
Por Redação