Ecoturismo no Rio: aproveite as belezas naturais da cidade
Separe uma roupa confortável para aproveitar as trilhas, cachoeiras e mirantes do RJ
Para quem busca um pouco de paz ou de aventura, nada melhor do que entrar em contato com a natureza, certo? Pensando nisso, a Catraca Livre montou um roteirinho de ecoturismo no Rio. A Cidade Maravilhosa está repleta de trilhas, parques, praias e cachoeiras para ninguém botar defeito!
Então, bora separar uma roupa confortável, água e muita disposição para conhecer esses lugares? Se liga nas dicas!
- Circuito das Praias Selvagens
Na zona oeste do Rio fica o Parque Estadual da Pedra Branca, com uma série de trilhas incríveis para você explorar. Uma delas, chamada de Circuito das Praias Selvagens, vai te apresentar algumas das praias mais paradisíacas da cidade.
Entre a Barra de Guaratiba e Grumari, ficam as praias dos Búzios, do Perigoso, do Meio, Funda e do Inferno. Acessíveis apenas por uma sinuosa trilha ou via embarcações, são consideradas as quatro últimas integrantes do Parque Natural Municipal do Grumari. A trilha tem 6,8km de extensão e o percurso dura cerca de quatro horas.
Como chegar: o começo da trilha é na Rua Parlon Siqueira, na Barra de Guaratiba.
- Trilha Pedra do Telégrafo
Ainda na região da Barra de Guaratiba, a Trilha da Pedra do Telégrafo apresenta mirantes lindíssimos em 3,5 km de caminhada moderada, e é um belíssimo exemplo de ecoturismo no Rio!
Um dos destaques do percurso já é bastante conhecido nas redes sociais: trata-se de uma grande pedra pontiaguda onde existe espaço para ficar em pé. A impressão é que, abaixo da pedra, existe um abismo, mas na verdade o chão firme está logo abaixo, a um metro.
É possível ter uma vista privilegiada das praias do Perigoso, do Meio e Grumari, além do Pontal do Recreio, da Barra da Tijuca, da Pedra da Gávea e de toda a Restinga do Marambaia (uma das maiores praias do litoral carioca).
Como chegar: a trilha tradicional começa na Praia Grande (Barra de Guaratiba) de onde se pega o Caminho dos Pescadores.
- Cachoeiras de Vargem Grande e comunidade quilombola Cafundá Astrogilda
Ainda no Parque Estadual da Pedra Branca, mas na região do bairro vargem Grande, tem mais programão.
A comunidade quilombola Cafundá Astrogilda nasceu há mais de dois séculos e recebeu este nome em homenagem à matriarca, senhora Astrogilda. A palavra cafundá refere-se a um lugar distante. Em 2014, o local foi certificado pela Fundação Palmares. Vale a pena visitar o espaço e conhecer o museu. Nos arredores é possível se banhar em algumas cachoeiras.
Como chegar: o acesso é pela Estrada do Pacuí (que começa perto do número 24.260 da Estrada dos Bandeirantes, no largo de Vargem Grande). Siga pela Estrada do Pacuí até a altura no 931 e entre à direita na Estrada do Mucuíba, seguindo até pouco depois do número 918 para entrar na próxima rua à esquerda, em uma bifurcação.
- Mirante do Caeté
Localizado no Parque Natural Municipal da Prainha, o Mirante do Caeté oferece uma vista da Pedra do Pontal, da Praia da Macumba, do Recreio dos Bandeirantes, da Barra da Tijuca, da Pedra da Gávea e de boa parte da Floresta da Tijuca ao fundo.
A trilha é de nível leve, com 800 metros de extensão. Lá em cima tem uma área bacana para fazer piquenique.
Como chegar: o acesso ao parque pode ser feito pelos dois lados da orla. O mais popular é passando pela praia do Recreio dos Bandeirantes, seguindo a orla até a entrada do parque. A outra forma é passando pela serrinha do Grumari, ideal para quem parte da Barra de Guaratiba ou Ilha de Guaratiba, e regiões próximas. Vale lembrar que não existe transporte público para a região.
- Cachoeiras do Horto
Além das praias e mirantes, o ecoturismo no Rio também conta com diversas cachoeiras para os visitantes se esbaldarem. E no bairro do Horto você encontra várias delas, como a da Gruta, a dos Primatas, a do Quebra, a do Jequitibá e a do Chuveiro (a mais famosa).
Como chegar: você pode encontrar todas essas belezuras por dois caminhos. Saindo da zona sul, siga pela rua Pacheco Leão até passar pela guarita onde indica a entrada do Parque Nacional da Tijuca. Se estiver no Alto da Boa Vista, suba até a altura do Corpo de Bombeiros, onde tem uma bifurcação (tem placas apontando o caminho certo) que leva para a Estrada Dona Castorina, que segue em direção ao Horto e passando pela Mesa do Imperador e Vista Chinesa. A cachoeira do Quebra fica logo na estrada!
- Trilha do Pico da Tijuca
Se tiver curiosidade para conhecer a montanha mais alta do Parque da Tijuca – são 1.021 metros de altitude – seu rolé é este. A trilha de nível médio tem em torno de cinco horas de duração (considerando todo o passeio) e transita por lugares como a Floresta da Tijuca e mirantes como a Vista Chinesa e a Mesa do Imperador. São 2,8 km serpenteando a Mata Atlântica.
Como chegar: o comecinho da caminhada é na praça do Bom Retiro, que fica a 660 metros de altitude, dentro do Setor A do Parque Nacional da Tijuca, no Alto da Boa Vista. A entrada é na Praça Afonso Vizeu.
- Pedra da Gávea
Para quem busca mais adrenalina, uma dica é conhecer a Pedra da Gávea. É o maior bloco de rocha à beira mar do mundo, de onde se tem uma vista privilegiada da Baía de Guanabara e de algumas das principais praias da Cidade Maravilhosa, como Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca e São Conrado. Em dias de céu azul, é possível até ver algumas montanhas da Serra dos Órgãos.
A trilha é considerada difícil, principalmente por ser muito íngreme. O tempo estimado para a subida é de duas horas e meia. O trecho mais desafiador é a Carrasqueira: são 30 metros de escalada em nível básico com uma descida utilizando uma técnica semelhante a do rapel. Mesmo assim, não é necessário ter experiência prévia, porque os guias conseguem te auxiliar no percurso.
DICA BÔNUS: Trilha Garganta do Céu
É possível conhecer a face sul da Pedra da Gávea, pela Trilha Garganta do Céu. É mais difícil que o rolé tradicional para chegar ao cume, por isso esteja preparad@! Lá de cima, há uma rocha que forma uma bela moldura natural, com um mirante de onde é possível avistar a praia de São Conrado e o Morro Dois Irmãos.
Não vá sem guia! Essa trilha é fechada e possui pouca sinalização.
Como chegar: dirija-se ao Bairro do Itanhangá. Se estiver de ônibus, procure algum que passe pela Praça Desembargador Araújo Jorge. Os pontos de referência são o Bar do Oswaldo e o Bom Sujeito. De lá, caminhe pela Estrada do Joá até a Avenida Fleming até chegar a Praça Professor Velho da Silva. Depois, vá para a segunda saída, uma rua sem nome similar a um condomínio e guardada por uma guarita.