Conheça a Fundação Jorge Amado, maior acervo literário do autor

O Casarão no Largo do Pelourinho é uma viagem ao mundo de Jorge Amado, com direito a café, livraria e mirante

Segunda - Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado

Segunda a sexta, das 10h às 18h; e aos sábados, das 10h às 16h

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

R$ 5

Em meio ao frenético sobe e desce das ladeiras do Pelourinho, um casarão azul se destaca. Não por sua fachada colonial do século 19, semelhante às demais, mas sim por seu conteúdo interior. Ali se encontra a Fundação Casa de Jorge Amado.

Casarão azul bem no Largo do Pelourinho foi a casa de Jorge Amado e hoje abriga sua fundação
Créditos: divulgação
Casarão azul bem no Largo do Pelourinho foi a casa de Jorge Amado e hoje abriga sua fundação

Inaugurada em 1986, a instituição sem fins lucrativos mantém viva a memória do escritor Jorge Amado (e bota amado nisso!), além de apoiar estudos sobre a literatura baiana.

O casarão conta com três andares visitáveis, onde você é dominado por uma exposição fixa em formato de linha do tempo, um café junto a uma mostra em homenagem à Zélia Gattai, esposa de Jorge, um mirante, e até uma loja com os livros do autor e outros produtos irresistíveis para quem é fã de literatura.

A Fundação fica aberta para visitação de segunda a sexta, das 10h às 18h; e aos sábados, das 10h às 16h. O ingresso custa R$ 5, exceto às quartas, quando a entrada é gratuita. Pega seu 99 e cola com a gente!

Acervo da Fundação Casa de Jorge Amado

No primeiro andar da Fundação Casa de Jorge Amado, você encontra uma exposição permanente de documentos, fotografias, livros, suas apropriações populares, adaptações e objetos relacionados.

Ali também estão expostos prêmios recebidos por Jorge – e haja prêmios! – e fotos tiradas por Zélia Gattai, que documentou o dia a dia do autor de maneira ímpar.

Os degraus das escadarias do centro cultural são decorados com as lombadas dos livros que Jorge Amado publicou <3
Créditos: divulgação
Os degraus das escadarias do centro cultural são decorados com as lombadas dos livros que Jorge Amado publicou <3

As fotografias de Zélia retratam momentos marcantes da vida e trajetória política e literária do escritor, ao lado de sua família, amigos e personalidades importantes como Pablo Neruda, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.

A Fundação Jorge Amado também possui mais de 400 adaptações de livros para cinema e televisão, documentários, reportagens, entrevistas, registros de premiações de Jorge e Zélia.

Jorge Amado deixou toda sua obra literária em Salvador
Créditos: divulgação
Jorge Amado deixou toda sua obra literária em Salvador

Alguns vídeos são exibidos na terceira sala da exposição, principalmente as adaptações de Gabriela e Capitães de Areia. No canal do YouTube do instituto, você pode assistir a uma seleção.

Mirante da Letras

Ponto mais alto da Fundação Jorge Amado, do mirante se tem uma vista única dos sobrados e igrejas do Pelourinho, assim como da Bahia de Todos os Santos.

Salão no último andar da Fundação é um mirante de tirar o fôlego com sua vista para o Pelourinho!
Créditos: divulgação
Salão no último andar da Fundação é um mirante de tirar o fôlego com sua vista para o Pelourinho!

A sala tem em suas paredes algumas frases de Jorge Amado, além de contar com uma parede de lousa para você deixar seu registro escrito.

Café-Teatro e Espaço Zélia Gattai

De volta ao térreo, o Café-Teatro é ponto de encontro de artistas e intelectuais onde você pode se deliciar com um café, chás, sucos de frutas, beijus, salgados, doces típicos da Bahia, aperitivos e sobremesas descritas por Jorge Amado em suas obras.

Ali também há o Espaço Zélia, uma pequena exposição sobre Zélia Gattai, escritora paulista que viveu ao lado de Jorge Amado por quase 60 anos.

O Café-Teatro da fundação é ponto de encontro e pausa no mergulho literário do centro cultural
Créditos: divulgação
O Café-Teatro da fundação é ponto de encontro e pausa no mergulho literário do centro cultural

Com conteúdo interativo, a mostra traz vídeos, fotos e objetos pessoais que traduzem muito da sua história de vida.

Essa homenagem é pra lá de necessária, afinal não fosse Zélia, a Fundação poderia não existir!

Isso porque, em 1982, Jorge Amado comemorou 70 anos de idade e 50 anos de literatura. Naquela época, muita gente da academia fazia pressão para que ele doasse seu acervo literário para preservação e estudo.

Em todo canto da Fundação é possível senti a história e a literatura do escrito pulsar
Créditos: divulgação
Em todo canto da Fundação é possível senti a história e a literatura do escrito pulsar

Zélia Gattai foi a única que se opôs à ideia – ainda bem! Para ela, o acervo pertencia aos baianos e deveria ficar na Bahia.

Guardião da Fundação Jorge Amado

Exu foi escolhido como guardião da Fundação de Jorge Amado a pedido do escritor. Mesmo antes que a casa fosse inaugurada, Jorge fez questão de que se assentasse o orixá na entrada da Casa.

Essa é a estátua de Exu, que protege a entrada da Fundação
Créditos: Marcelo Reis
Essa é a estátua de Exu, que protege a entrada da Fundação

O Exu em questão é uma escultura de ferro de autoria de Tati Moreno, que até hoje está em frente ao casarão azul da Fundação. Ele fica ali no alto das escadas e na encruzilhada da Ladeira do Pelourinho.

E pra quem não sabe, Exu um orixá das religiões de matriz africanas, como Umbanda e Candomblé, que representa a comunicação.

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