Homenagem a Martin Luther King

Por: Catraca Livre

Dia 15 de janeiro Martin Luther King completaria 82 anos de vida. Embora não esteja mais presente, sua memória, seu legado de discursos e sua visão pacífica de lutar pelos direitos civis estão ainda atuais e muito pontuados no mundo inteiro.

Foi em Atlanta, no ano de 1929 que Martin Luther King Jr. nasceu. Oriundo de uma família da classe média norte-america, pai pastor e mãe professora, Martin obteve boa educação e aos 19 anos tornou-se pastor da Igreja Batista de Montgomery, Alabama.

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Martin Luther King

Um fato memorável ocorreu em Montgomery no ano de 1955. Uma negra, chamada Rosa Parks, recusou-se em ceder seu lugar no ônibus para um homem branco. Rosa for multada e presa. O desfecho deste caso se deu no movimento político e social que acarretou o Estado, em que os negros boicotaram o transporte público, provocando um deficit financeiro. Quem estava envolvido na manifestação era Martin L. King, que ganhou notoriedade a partir disso e Rosa Parks tornou-se pioneira do Movimento pelos Direitos Civis dos EUA.

Desde então, Martin assumiu uma posição importante na luta pelos direitos civis. Sua característica era usar a não-violência e o discurso para  fazer valer seus direitos. Tal característica foi desenvolvida a partir do seu estudo às teorias de Mahatma Gandhi.

Martin Luther King detinha o poder das palavras, do discurso. Sua voz ritmada, musicalizada, suave davam um tom pacífico e confortante para todas as situações que enfrentavam. De discurso em discurso, em agosto de 1963, surgiu o seu melhor “I have a Dream” (Eu tenho um sonho) proferido numa Marcha em Washington que reuniu mais de 200.000 pessoas.

“Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!”

M. L. King ganhou, em sua trajetória, muitas conquistas. Conseguiu levar a paz, a fé para a população, ganhou várias lutas pacíficas como o fim da segregação racial no transporte público e foi premiado em 1964 com o Prêmio Nobel da Paz. Porém, ganhou inimigos como James Earl Ray, que o matou com um tiro no lado direito do pescoço em 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennesse.

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James Earl Ray

James, depois de muito ludibriar a polícia, declarou-se culpado e foi condenado à prisão perpétua. Porém faleceu em 1998 devido a uma falha renal.

Em 3 de abril, véspera de seu assassinato, King proferiu seu último discurso, “Eu estive no topo da montanha”. Coincidência ou não, a questão é que este homem tinha a ciência de que havia feito muito pelos direitos civis nos EUA. Sim, ele esteve e continua no topo da montanha sendo citado, estudado e seguido.

“Então cheguei a Memphis e começaram a me falar das ameaças… Bem, não sei o que acontecerá agora. Dias difíceis virão. Mas não me importo. Pois estive no topo da montanha. E não me importo. Como qualquer pessoa, gostaria de viver uma vida longa. A longevidade tem o seu lugar. Mas não me preocupo com isso agora. Apenas desejo obedecer aos desígnios de Deus. E Ele me levou ao topo da montanha, olhei ao redor e contemplei a Terra Prometida. Posso não alcançá-la, mas quero que saibam que nós, como povo, chegaremos à Terra Prometida. Estou tão feliz: não me preocupo com nada. Não temo homem algum. Meus olhos viram a glória da presença do Senhor”…

Para homenagear uma das personalidades mais significantes para nossa história é pouco e vazio pontuarmos apenas a data de nascimento, local em que nasceu, Universidades em que se graduou ou se casou e quantos filhos teve. Martin Luther King Jr. precisa de uma homenagem que seja um discurso de paz, amor, bondade e fé.

Ele teve um sonho, sonhava em ver seus filhos sentados à mesa da fraternidade com os filhos de brancos, sonhava em ver o estado de Mississippi, um dos mais segregacionistas dos anos 60 na América do Norte, liberto de seu preconceito racial. Nós também temos nossos sonhos que compartilhamos como os dele. Sonhamos em ver a integração total do negro na sociedade, o fim da segregação e a união entre os homens.

Eis aqui a homenagem do Baoobaa a Martin Luther King:

http://www.youtube.com/watch?v=q6_zeDrRgXQ&feature=player_embedded

Por Jessica Gonçalves