Janela Indiscreta – Por Daiane Junia

Escrito por John Michael Hayes, e dirigido por Alfred Hithcock (parceria que também deu certo em outras produções), esse filme é a prova de que não é preciso centenas de locações para se chegar a um bom resultado. A história da trama se passa quase que totalmente dentro de um apartamento, o que a torna algo tão original.

L.B. Jeffries é um fotógrafo de prestígio na cidade de Nova York, porém durante um de seus trabalhos, quebra a perna, e agora tem que ficar “de molho” dentro de seu apartamento até se recuperar. Com sua rotina se tornando um tédio, resolve encontrar algum passatempo, e decide bisbilhotar a vida dos vizinhos.  Com a ajuda de sua lente tele – objetiva, começa a observar a rotina de todos que moram próximos ao seu bairro. Porém como diz o ditado: “quem procura acha”, e Jeffries acaba encontrando algo de estranho em um de seus vizinhos, passando a acreditar que o homem que mora em frente à sua janela matou a própria esposa e a enterrou dentro de casa.

Entre revelações e frustrações, o suspense cresce a cada minuto.  E agora, Jeffries conta com a ajuda de sua namorada Lisa Carol Fremont(interpretada pela belíssima Grace Kelly), com quem tem um relacionamento complicado,  que vê nessa busca obscessiva uma oportunidade de melhorar a situação .

Este clássico da sétima arte, que encanta gerações e serve de referência para tantos outros, merece todos os prêmios que já ganhou. Se pararmos para analisar detalhadamente todos os elementos do filme, iremos perceber o porquê de tanto sucesso. A começar por sua trama, que é intensa e dinâmica mesmo se passando inteiramente numa sala de um pequeno apartamento em Nova York.  Por isso, Hitchcock usa e abusa deste recurso, ao brincar com todos que assistem ao filme, fazendo que sintamos a mesma impotência do protagonista, por não conseguir se deslocar, misturando-se com seus problemas de relacionamento.

Outra coisa que acertaram brilhantemente nesse filme, foram os personagens que são espiados por Jeffries, são pessoas totalmente comuns porém cheias de excentrecidades, essa oposição faz de cada um algo totalmente delicioso de se espiar. Isso combinado com uma direção de arte brilhante, onde existe uma mistura do clássico com o simples, de cores quentes como o amarelo e vermelho(sempre presentes na trama para aumentar o suspense) e cores mais frias, como azul e cinza(que caracterizam tão bem a cidade de Nova York).

Tudo isso combinado com excelentes atuações, uma história envolvente, um diretor maginífico, e pontadas de humor bem localizadas na trama, forma esse filme ótimo.

Colaboração de Daiane Junia

Por Redação