Para ver as estrelas: observatórios astronômicos em São Paulo

Em uma ̶g̶a̶l̶á̶x̶i̶a̶ cidade não tão distante... você aprende e se diverte vendo o céu!

Quem nunca ficou amarradão em admirar os detalhes da Lua, as constelações ou ficou tentado a ir em observatórios astronômicos pra enxergar melhor os anéis de Saturno, que atire a primeira pedra… ou melhor, o primeiro meteorito!

Por isso, a Catraca Livre reúne aqui uma lista lindona de observatórios astronômicos em São Paulo – capital e interior – pra você curtir uma aventura interplanetária!

Radiotelescópios do Museu Aberto de Astronomia, em Campinas, no Parque Pico das Cabras
Créditos: Cesar Negreiros
Radiotelescópios do Museu Aberto de Astronomia, em Campinas, no Parque Pico das Cabras

Grande parte deles ficam fora da capital, mas nada que um fim de semana não resolva. Afinal, especialmente no interior de São Paulo, longe das luzes paulistanas, é que dá pra curtir melhor o céu!

Vale se planejar direitinho também, porque o passeio depende da própria Lua, sabia? Pois é! A fase ideal para ir aos observatórios astronômicos é no período de Lua crescente, e não na cheia, uma vez que durante essa fase, há muita luz e pode atrapalhar a visão de detalhes do relevo lunar.

A minguante também é indicada, o problema é que ela nasce a partir da meia-noite, quando os observatórios estão fechados. Já a Lua nova é perfeita para ver muitas estrelas, galáxias e até mesmo nebulosas.

MUSEU DA LÂMPADA O LUGAR CERTO PRA QUEM AMA HISTÓRIA E CIÊNCIA

Dicas anotadas, vam’bora conhecer os observatórios astronômicos?

No interior

  • Amparo 

Em Amparo, a 138 km de São Paulo, fica o Polo Astronômico que tem o maior telescópio do Estado, além de ser o maior dos observatórios astronômicos com visitação pública no Brasil!

Por lá você pode aproveitar o planetário com a simulação do céu do dia da visita, a observação a olho nu e com os telescópios menores, em espaço aberto.

O Polo Astronômico fica em uma área rural de Amparo e tem cerca de mil metros de altitude, e tem condições ideais para observação por estar longe do centro.

As sessões custam R$ 40 e rolam de sábado. Durante o dia, o Polo Astronômico tem ainda a observação solar com filtros especiais , possibilitando a visão da superfície do sol e as manchas solares – não tente observar o sol a olho nu ou com telescópios normais, viu?

Se você ficar a fim de curtir a observação noturna do observatório astronômico, é preciso entrar em contato pelo WhatsApp (19) 992.959.586 para se informar sobre como vai estar o céu no dia e agendar o passeio.

  • Campinas

Em Campinas fica o Museu Aberto de Astronomia (Maas), dentro do Parque Pico das Cabras, que tem trilhas e lugares ideais para acompanhar o pôr do sol na região já que está a mil metros de altitude.

No museu você também tem acesso às sessões no planetário e observação a olho nu e com telescópio. A visita inclui ainda a sala do radiotelescópio, que monitora frequências do universo, como sons de planetas e pulsos de estrelas por meio das antenas. Doideira!

Pedra da Águia, no Pico das Cabras, onde fica o Museu Aberto de Astronomia, em Campinas
Créditos: Leo Froes
Pedra da Águia, no Pico das Cabras, onde fica o Museu Aberto de Astronomia, em Campinas

A entrada custa até R$ 85 no pacote completo que inclui tanto a observação do sol e quanto a noturna na mesma visita. O observatório astronômico abre aos sábados e domingos, das 8h às 19h, e os ingressos podem ser comprados pela internet neste link.

  • São Carlos

Na USP de São Carlos fica um dos observatórios astronômicos do Estado, chamado Dietrich Schiel.

O telescópio principal de lá é o mesmo que foi usado para ver o cometa Halley em 1986.

Quem faz a visita nesse observatório tem uma aula sobre os movimentos do planeta Terra (que não, não afeta o equilíbrio da sua vassoura) e sobre as fases da Lua, além de uma exposição sobre raios cósmicos.

Por lá você também tem a possibilidade de usar óculos de realidade virtual com simulação em 3D de um campo com centenas de telescópios que fica no Chile! UAU!

Vista frontal do prédio do Observatório Dietrich Schiel. Em primeiro plano, um dos totens do Sistema Solar em escala, abordando o planeta Mercúrio
Créditos: Mariana Maia Veronesi/Observatório Dietrich Schiel/CDCC/USP
Vista frontal do prédio do Observatório Dietrich Schiel. Em primeiro plano, um dos totens do Sistema Solar em escala, abordando o planeta Mercúrio

Por estar no centro da cidade de São Carlos, o observatório astronômico é indicado para ver grandes corpos celestes, e não as galáxias e nebulosas, já que o céu não é muito estrelado.

Mas já dá pra ter um gostinho ao usar o telescópio para observar planetas e a superfície da Lua!

No fim da visita, se o tempo estiver aberto, é feita a observação com os telescópios menores. A visitação acontece aos finais de semana, de sexta, das 14h às 17h; sexta a domingo, das 20h às 22h; e sábados, às 21h.

A entrada é gratuita e sem necessidade de reserva.

  • Valinhos

A USP tem outro observatório astronômico em Valinhos, o Observatório Abrahão de Moraes.

Como está fora do centro, distante da iluminação de Valinhos, nesse observatório é possível observar as constelações e nebulosas, além da Lua e de planetas.

Observatório Abrahão de Moraes foi fundado em 1972 e desde então vem desempenhando suas funções como laboratório científico e ao mesmo tempo como difusor do conhecimento através de suas atividades de ensino e divulgação científica
Créditos: divulgação
Observatório Abrahão de Moraes foi fundado em 1972 e desde então vem desempenhando suas funções como laboratório científico e ao mesmo tempo como difusor do conhecimento através de suas atividades de ensino e divulgação científica

Lá as visitas também são gratuitas, mas dependem de agendamento pelo telefone (19) 38565.400 ou pela internet.

As sessões rolam nas sextas, sábados e domingos de Lua crescente. Mas o ideal é acompanhar a agenda pelo site ou Facebook do observatório astronômico.

Mas atenção: a recomendação é fazer a reserva com duas semanas de antecedência, beleza?

  • Brotas

Em Brotas, a 235 km de São Paulo, é onde está a Fundação Centro de Estudos do Universo (CEU), que tem excelentes condições para observação astronômica noturna.

Além da cúpula com telescópio para observação, o espaço tem um planetário digital com programação repleta de apresentações com temas interplanetários.

A Fundação Centro de Estudos do Universo é um dos mais completos Centros de Ciências da América do Sul, com estrutura que possui planetário digital, observatório astronômico, caverna cenográfica, réplicas do Stonehenge e de um Alossauro
Créditos: divulgação
A Fundação Centro de Estudos do Universo é um dos mais completos Centros de Ciências da América do Sul, com estrutura que possui planetário digital, observatório astronômico, caverna cenográfica, réplicas do Stonehenge e de um Alossauro

A entrada custa R$ 70 e as visitas acontecem a partir das 21h, aos sábados e feriados, mas para fazer a sessão de observação noturna é preciso agendar antes de ir.

Se as condições de visibilidade não forem adequadas, a Fundação CEU dá um voucher para que o visitante volte para fazer a observação noturna em outro dia sem custo extra ou prazo de validade.

  • Vale do Paraíba 

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com observatórios astronômicos em São José dos Campos e Cachoeira Paulista, tem como proposta atender às curiosidades do público sobre astronomia.

Esses mistérios da galáxia vão se decifrando à medida que paramos para observar o céu, por exemplo, e nada melhor que visitar uma unidade do Inpe!

Para visitar o instituto, basta preencher as informações na página de visita. É possível montar grupos, ir sozinho e personalizar o seu passeio.

Os passeios podem ser feitos às terças e quintas, das 9h30 às 11h30, e das 14h às 16h, em São José, e de segunda e quarta, nos mesmos horários, em Cachoeira. A entrada é gratuita!

Na capital

  • Planetário do Ibirapuera 

Planetário Aristóteles Orsini foi o primeiro planetário do Brasil, inaugurado em janeiro de 1957 é administrado pela Prefeitura de São Paulo através da Universidade Aberta do Meio Ambiente.

Planetário Aristóteles Orsini foi o primeiro planetário do Brasil, inaugurado em janeiro de 1957!
Créditos: divulgação
Planetário Aristóteles Orsini foi o primeiro planetário do Brasil, inaugurado em janeiro de 1957!

O espaço oferece uma biblioteca especializada e um acervo histórico de objetos astronômicos e um observatório para as noites de céu limpo.

As atividades no planetário podem ser conferidas no site da Prefeitura de São Paulo, bem como os valores dos ingressos – há muita coisa gratuita por lá.

  • Planetário do Carmo

Localizado na área do Parque do Carmo, o Planetário tem o objetivo de divertir pessoas e famílias, ensinar estudantes e gerar conhecimento para todos nas áreas de Astronomia, Física, Ciências da Terra, entre outras.

É o planetário mais moderno da América do Sul e um dos mais modernos do mundo, com uma altíssima tecnologia. Ele é capaz de projetar 9100 estrelas, os planetas do sistema solar, a Via Láctea, galáxias, nebulosas e outros objetos astronômicos.

Em grandes centros metropolitanos como São Paulo, em que a observação do céu é prejudicada pela poluição atmosférica, nuvens e pela iluminação noturna, os planetários constituem ferramenta pedagógica indispensável para o ensino básico da Astronomia
Créditos: Pedro Campos
Em grandes centros metropolitanos como São Paulo, em que a observação do céu é prejudicada pela poluição atmosférica, nuvens e pela iluminação noturna, os planetários constituem ferramenta pedagógica indispensável para o ensino básico da Astronomia

Atrás do planetário, há uma esplanada cósmica onde estão localizados dois observatórios para atividades ligadas à astronomia.

A programação também pode ser vista no site da Prefeitura, bem como os valores dos ingressos.

Espera aí, não vai embora! Tem mais ciência e cultura na cidade: