Prefeitura recua e Virada Cultural de SP se espalhará pela cidade
A Virada Cultural de São Paulo ficou conhecida como um evento no qual a população toma de volta o espaço público por toda a capital paulista madrugada adentro. Foi, portanto, recebida de forma polêmica a intenção da prefeitura de concentrar todas as atividades em um único e relativamente isolado local, o Autódromo de Interlagos.
Mas a prefeitura parece ter ouvido as críticas e vai retomar as atrações espalhadas pela cidade, mesmo que o formato também traga modificações de anos anteriores que pode diminuir o seu papel de valorização do espaço urbano.
Conforme o secretário de Cultura, André Sturm, informou à Veja SP, as 900 atrações ficarão concentradas em 6 regiões ao invés de uma só. A medida visaria evitar um “efeito manada” quando multidões chegam e saem ao mesmo tempo das atrações, o que comprometeria a segurança.
A região central da cidade, que em edições anteriores recebeu a maior parte do público da virada, terá 31 “tablados” no lugar de palcos, e sem a presença de artistas que atraiam grandes multidões. Nomes como Daniela Mercury estarão em espaços como o Sambódromo do Anhembi. Outros locais que serão utilizados são a Chácara do Jockey (Liniker e Os Caramelows), o Parque do Carmo (Alcione) e o próprio autódromo de Interlagos (Paulo Bira).
Consultados pela Veja SP sobre o formato, o secretário da Cultura na primeira Virada, em 2005, Carlos Augusto Calil, e o diretor do ano passado, José Mauro Gnaspini, se mostraram pessimistas. Para eles, as medidas de segurança podem acabar levando a um esvaziamento da Virada.