Sarau da Cooperifa é poesia e cultura na zona sul de SP

30/05/2018 16:21 / Atualizado em 24/07/2024 23:14

É ao som de “Uh Cooperifa! Uh Cooperifa! Uh Cooperifa!” que tem início um dos saraus mais importantes da periferia de São Paulo. Todas as terças, a partir das 20h30, o Bar do Zé Batidão abre seu salão para que poetas, cantores, escritores, pintores, MC’s e artistas em geral, se apresentem no Sarau da Cooperifa.

Com entrada Catraca Livre, o sarau é símbolo da democratização da literatura nas periferias e empodera a população local, muitas vezes excluída da efervescência cultural do centro.

Sarau da Cooperifa enche de poesia e cultura o Bar do Zé Batidão, no Jardim Guarujá
Sarau da Cooperifa enche de poesia e cultura o Bar do Zé Batidão, no Jardim Guarujá

Segundo o poeta Sérgio Vaz, o sarau interfere na paisagem da periferia porque é uma forma de descentralizar a literatura e mostrar que ela pode ser uma coisa simples como é o samba e o rap. “Aqui na Cooperifa a poesia desce do pedestal e beija os pés da comunidade”.

Poesia no Ar

Uma vez por ano a Cooperifa realiza o “Poesia no Ar”, evento que encerra com centenas de balões brancos sendo soltos carregando poesias escritas pelos participantes. A ideia para o evento surgiu numa época em que era comum notícias de balas perdidas na periferia.

Segundo o poeta Sérgio Vaz, o sarau interfere na paisagem da periferia porque é uma forma de descentralizar a literatura e mostrar que ela pode ser uma coisa simples como é o samba e o rap
Segundo o poeta Sérgio Vaz, o sarau interfere na paisagem da periferia porque é uma forma de descentralizar a literatura e mostrar que ela pode ser uma coisa simples como é o samba e o rap

“A gente quis fazer um contraponto. Queria soltar poesia no ar e dizer que também tem poesia perdida por aí e as pessoas poderiam encontrar essas poesias perdidas”, explicou Sérgio Vaz ao Mural – Agência de Jornalismo das Periferias.