Síndrome do pânico impede internação de Núbia Óliiver

Núbia Óliiver, 42 anos, foi diagnosticada com pneumonia no fim de semana, mas não pode ser internada para tratar da doença. O motivo: a modelo sofre de síndrome do pânico e os médicos temem que ela tenha uma crise no hospital.

Em 2015, quando foi diagnosticada com depressão, a modelo teve que lidar com a morte do namorado.

A modelo Núbia Óliiver sofre de síndrome do pânico
A modelo Núbia Óliiver sofre de síndrome do pânico

Reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a síndrome do pânico é um transtorno psicológico que causa crises inesperadas de desespero e medo e atinge cerca de 170 milhões de pessoas no mundo todo.

Apesar da complexidade da doença, a síndrome do pânico tem cura quando é devidamente tratada com profissionais capacitados para cuidar tanto da parte neurológica quanto da psicológica.

De acordo com psiquiatras, os principais motivos para o desenvolvimento da síndrome estão nas situações de estresse extremo, acontecimentos de forte impacto familiar, mudanças radicais de vida, abusos sexuais e outras experiências traumáticas.

Apesar de não ser o principal grupo, as crianças podem ser afetadas pela patologia. Os adolescentes e adultos até 30 anos são casos recorrentes.

Ainda de acordo com especialistas, as crises podem ser prevenidas com sete passos que são corriqueiros e simples:

Respire: Durante as crises de pânico a respiração fica bem alterada, o que piora muito o quadro. Inspire lentamente pelo nariz, retenha por pouquíssimo tempo o ar nos pulmões e exale também lentamente pelo nariz. É muito importante que o tempo que o ar sai, a expiração, dure o dobro do tempo que levou para entrar. Se você inspirou, por exemplo, por 2 segundos, a expiração deve durar 4 segundos. Mantenha essa respiração controlada por 30 a 60 segundos. Treine antes das crises.

Incomoda mas não mata: Sintomas de pânico são bem desagradáveis, mas não levam a morte. Tenha sempre presente que sensação ruim não significa que alguma doença grave está presente, especialmente depois que algum médico assegurou esse fato.

Mude o foco da atenção: Ao invés de ficar focado nos sintomas, procure desviar sua atenção para alguma outra coisa, um cenário, uma foto, ou alguma imagem relaxante que você tenha de algum lugar que conheceu. Ficar prestando atenção aos sintomas só cria mais medo.

Não fique muito tempo sem comer: Até mesmo 3 ou 4 horas sem se alimentar pode provocar queda dos níveis de açúcar no sangue e provocar uma crise de pânico. Coma periodicamente, não fique em jejum prolongado.

Seja seletivo com as notícias e informações que procura: Não estimule seu cérebro com catástrofes desnecessariamente, por exemplo, com notícias que você não pode fazer nada a respeito e só servem para colocar seu cérebro em alarme e facilitar mais crises.

Restrinja cafeína: o café deve ser consumido no máximo quatro vezes ao dia, sendo que o último até as 17 horas, ou pode provocar insônia. Excesso de cafeína pode, isoladamente, provocar crises de pânico.

Não tente guardar tudo na memória: Faça uma lista simples do que tem que fazer durante o dia e vá marcando quando completa cada uma. Se não fizer isso, vai criar um senso de urgência indefinido que só piora tudo.

Ainda que as dicas ajudem, é altamente recomendado o tratamento com um profissional da área. A automedicação é sempre muito perigosa.