Mais famoso do que nunca por causa do Facebook, o verbo compartilhar tem virado palavra cada vez mais presente na rotina em todo mundo.

Tão utilizada na vida virtual. Tão esquecida no mundo real.

Compartilhar significa dividir com alguém o que você acredita ser importante e relevante para o outro (e pressupõe-se que para o bem e não para o mal).

Estamos viajando pelo mundo há 6 meses e vendo várias iniciativas dessas que tem transformado aos poucos a vida de todos. Algumas, ainda tímidas e outras já globalizadas. E abaixo, as 5 razões pelas quais acreditamos que um mundo mais colaborativo vale a pena.

Rua da nossa primeira casa fora do Brasil, no bairro de Misericórdia em Lisboa

1 – Seu custo de vida vai ser mais barato

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Quando viajamos, sempre alugamos casas locais pra viver por 2, 3 ou até mais semanas. O custo de um hotel inviabilizaria nosso projeto. Bom pra quem procura por um lugar (pois economiza no preço da hospedagem) e bom pra quem está oferecendo um lugar (pois pode cobrar um valor para cobrir as despesas que tem naquele período… infelizmente, alguns exageram). Dois sites mais globais para encontrar uma casa são o Airbnb e o Alugue Temporada.

As mesas compartilhadas tomam conta de restaurantes, bares e cafés por toda Europa

2 – Você vai conhecer mais pessoas e conhecer melhor as pessoas

Dos aplicativos de carona (não falamos dos oportunistas que fazem isso só pra ganhar dinheiro) aos restaurantes, cafés e bares com mesas compartilhadas. Coisas desse tipo fazem com que possamos interagir com mais pessoas no nosso dia-a-dia (se estivermos dispostos) e ampliar a relação com o mundo.

Tempelhof é um aeroporto desativado e que virou parque em Berlim. É lá que funciona uma horta comunitária incrível aberta a todos.

3 – Sua vida pode ser mais saudável

Em Berlim, conhecemos o parque Tempelhof onde funciona uma horta comunitária onde você pode colher alimentos que plantou. Você tira e você planta. Simples assim. Em São Paulo, hortas comunitárias também começaram a ser feitas em alguns bairros. E por todo o Brasil, pomares comunitários em parques e praças são inúmeros exemplos do que podemos fazer pra tornar o alimento saudável um bem comum e sem custo.

Gravando clipe em Berlim com a banda Dear Reader. No nosso projeto, o clipe é um produto colaborativo no qual ninguém paga nada a ninguém. Esta é nossa arte compartilhada.

4 – Um trabalho vai além da relação “faço o que sei e recebo meu dinheiro”

Trabalhar pode ir além disso. Dedicar dias do seu ano para trabalhar com intenção de dividir experiências e contribuir com o próximo entendendo que conhecimento é um patrimônio pra ser compartilhado nos faz melhores. Você pode até trocar um dia de trabalho seu por um dia do trabalho do outro. Alguns sites como o Worldpackers, ajudam viajantes pelo mundo a encontrar lugares pra dormir em troca de alguns dias de trabalho.

Sala em Berlim montada inteira pelo grupo Free Your Stuff no Facebook, um dos mais procurados pra quem busca por móveis usados na capital alemã.

5 – Você vai aprender a diferença entre dar o que não presta e dar o que não te interessa

O que está rasgado, quebrado ou é inutilizável é lixo ou sucata. Quando você tem algo em bom estado e não quer mais, isso pode ser doado ou vendido por um preço simbólico a outros. Quando partimos do Brasil, vendemos parte da nossa casa na OLX, trocamos a máquina de lavar pelo serviço do pintor e demos boa parte da cozinha para a faxineira que estava abrindo uma pizzaria. E aqui é importante você não pensar só no que você ganha, mas principalmente se aquilo faz diferença para o outro.

Pra quem não nos conhece, somos um casal de profissionais da TV viajando pelo mundo e gravando videoclipes com bandas de rock de todo o mundo. Esta semana lançamos o último clipe que fizemos na Alemanha. Confira abaixo e acompanhe mais da nossa história colaborativa pelo Facebook e Instagram.