A maestrina Chiquinha Gonzaga

16/04/2014 17:51 / Atualizado em 06/05/2020 16:01

Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no dia 17 de outubro de 1847 no Rio de Janeiro. Filha de mãe mulata e pai militar, casou-se aos 13 anos por imposição familiar, mas, cinco anos depois, deixou o marido que a oprimia e pôde então, dedicar-se plenamente à sua grande paixão: a música.

Determinada e corajosa, afinal a vida de uma mulher separada podia ser muito complicada pelo contexto patriarcal e escravocrata, Chiquinha jamais se curvou diante das adversidades.

 
 

Tornou-se, então, uma freqüentadora do universo musical carioca colaborando no período do nascimento do choro e foi grande amiga de Joaquim Antônio da Silva Callado, que lhe dedicou a polca “Querida Por Todos”.

Chiquinha lecionou piano, canto, português, francês, história e geografia, sendo a primeira mulher a reger a Banda da Polícia Militar/RJ. Trabalhou também musicando peças de teatro de revista e lutou pelo abolicionismo – comprando, inclusive, a alforria do escravo Zé Frauta – e pela defesa do direito autoral.

A marcha de Carnaval “Ó Abre Alas” é a composição mais famosa de um total de mais de 250 títulos de gêneros variados, tais como polcas, valsas, fados, habaneras, tangos, lundus e até música sacra.

Falecida em 1935, Chiquinha Gonzaga é considerada peça fundamental para o desenvolvimento do choro.

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