Aos 71 anos, aposentada quebra domínio dos homens na sinuca

Do balcão do bar que tinha com o marido em Campo Grande (MS), Vilma Reis de Oliveira, 71 anos, via os homens jogarem sinuca. Acompanhava com os olhos as bolas rodarem o feltro verde, mas não se aventurava no esporte.

Quando o marido morreu, em 1992, e ela assumiu o comando do estabelecimento, começou a se aventurar no jogo, nas horas mais calmas do bar. Uma amiga a acompanhava na diversão. “Fazíamos um minitorneio”, conta ela.

Entrou em um centro de convivência e começou a disputar campeonatos. A coroação veio em 2012, quando ganhou o título de campeã regional.

Até o começo do ano, a aposentada estava empenhada em criar um grupo de sinuca só de mulheres no centro de convivência. “Os homens dominam as mesas”, diz ela, rindo.

Conversou com os responsáveis pelo centro de convivência sobre a possibilidade de criar horários só para elas. A resposta foi: “Sim, desde que você consiga formar o grupo”.

“Fui atrás, mas ninguém se interessou”, conta ela.

O jeito foi pedir com jeitinho para participar do grupo dos homens. “Perguntei: vocês não querem fazer parceria comigo?”

“Eles viram que eu jogo bem. Agora jogo com eles às segundas, quartas e sextas.”

Por QSocial

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