Armandinho Neves, violão bom de bola
Armando Neves nasceu em Campinas, em 1902, e morreu na capital paulista em 1976. Teve uma infância humilde: para sobreviver foi, entre outras coisas, boiadeiro, pintor de parede e ajudante de pedreiro. Independente do ofício, a bola e a música foram paixões sempre presentes. Chegou a jogar em clubes de expressão como o Corinthians, mas o futebol foi preterido pelo violão, que aprendeu na amizade e prática com outros instrumentistas.
No princípio dos anos 1920 mudou-se para São Paulo. Em 1923, já tocava com o seresteiro Paraguassú pelos teatros e circos da cidade. Quatro anos depois entrou para a pioneira Rádio Educadora Paulista, tornando-se chefe de regional. Teve grande destaque na Rádio Record e foi amigo de Américo Jacomino, o virtuose Canhoto, de João Pernambuco e dos “caipiras” Raul Torres e Elpídio dos Santos.
Considerado dos maiores mestres das cordas, tocou com Aymoré, Rago, Zezinho, Garoto, Laurindo de Almeida, entre outros. Durante os anos 1970, a carreira entrou em eclipse. Não deixou discos solos gravados, porém, compôs peças para violão de valsas, choros e gavotas. Geraldo Ribeiro e Vital Medeiros passaram para as partituras várias de suas obras.
Em 1977, foi homenageado pelo Clube do Choro – SP, que reuniu vários violonistas para o LP “Armandinho Neves”. Em 2004, a violonista Paola Pichersky escreveu um trabalho acadêmico sobre a importância de sua obra e gravou o delicado CD “18 Choros de Armando Neves”. Confira a obra de Armandinho com Paola:
Para saber mais sobre o Choro, leia o livro “Chorando na Garoa: Memórias Musicais de São Paulo” (adquira o seu através do link http://www.freenote.com.br/), mande e-mail para [email protected] ou acesse a fanpage.