Assista a entrevista com Paulinho da Viola sobre seus 50 anos de carreira
Paulinho da Viola levou seis anos para admitir que a música seria seu sustento. A insegurança era grande por ter convivido em sua infância e adolescência com grandes músicos que não conseguiram “fazer do samba profissão”. Seu pai também não estimulava o compositor a trilhar apenas este caminho.
No entanto, foi dos inúmeros encontros musicais em que Jacob do Bandolim esteva presente que brota o interesse de Paulinho pela música. Inicialmente, sua preferência era o choro instrumental.
Somente após observar as novidades da música, como o rock and roll e a bossa nova, que Paulinho percebe o seu destino: o samba. Apesar de não ter sido tocado pelo charme de Elvis Presley, Paulinho tem ciência do vanguardismo dos acordes provenientes do violão de João Gilberto.
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A aceitação de sua carreira como compositor e intérprete é marcada pelo sucesso de “Foi um rio que passou em minha vida”, uma declaração de amor à sua escola de coração – a Portela. A partir desta composição, Paulinho emplacou no mundo do samba de uma vez por todas.
Este ano, o artista completa 50 anos de estrada. Um dos principais letristas da música popular brasileira, Paulinho conta um pouco de sua história ao jornalista Roberto D’Ávila, da Globo News.
Grande fã do samba “Sinal Fechado”, um sucesso gravado em 1969 em um compacto duplo com o principal samba da carreira de Paulinho (“Foi um rio que passou em minha vida”), Roberto pede a Paulinho que conte como compôs a canção.
Originada de uma situação que viveu e de um sonho, a obra poderia articular com a realidade política do momento em que foi escrita; Paulinho, no entanto, afirma que a letra não tem relação com a ditadura militar, é apenas fruto de sua inconsciência.
Confira um trecho da entrevista: