Ativistas fazem intervenção pela preservação do Parque Augusta nesta segunda-feira
Ativistas questionam irregularidades do projeto que aprovou a construção de quatro edifícios no Parque Augusta
Em repúdio à aprovação do projeto que prevê a construção de quatro torres na última área verde do centro de São Paulo, os ativistas do coletivo Parque Augusta realizarão uma intervenção e distribuição de panfletos durante o lançamento do livro da presidente da CONPRESP (Responsável pela autorização). O evento acontece nesta segunda-feira, às 18h30, na Livraria do Mackenzie.
A mobilização do grupo leva em consideração as irregularidades que foram desconsideradas pela CONPRESP, ao aprovar a construção dos edifícios na área que compreende a área do Parque Augusta.
Para entender melhor a situação, confira os pontos apresentados pelos ativistas :
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– 46 árvores seriam retiradas do local. No projeto as árvores estão sendo replantadas de forma meramente ilustrativa já que estão logo acima do subsolo sem profundidade suficiente para o replantio, permanência e crescimento das raízes. Uma compensação ambiental de “fachada” que é uma grave infração do CONPRESP contra o tombamento da área verde, além da cumplicidade com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente que aprovou uma compensação que não será realizada de forma equilibrada.
– Segundo a matrícula do terreno (12.953). Parte maior do terreno (16.133m²) que tem frente para a rua Augustas a taxa de ocupação máxima permitida é de 25%. O projeto em aprovação pelo CONPRESP possui 33% de taxa de ocupação.
– Segundo a matrícula do terreno (12.953) o único tipo de construção permitido no terreno é um “conjunto turístico constante de hotel e respectivas dependências”. O projeto em aprovação do CONPRESP é um empreendimento de uso misto residencial e comercial – não obedecendo portanto as exigências da matrícula do terreno.
– O projeto aprovado pelo CONPRESP não tem o novo TCA – Termo de Compensação Ambiental, emitido por DEPAVE, prevendo a compensação arbórea de plantio de vegetação dentro dos mesmos lotes referidos de forma legítima e adequada. Sendo assim a aprovação pelo CONPRESP é ilegal.
– O levantamento da área verde usada como base para a aprovação do projeto no CONPRESP data de meados da década de 90. Não está sendo considerada o levantamento da área real e atual. Nas duas décadas que se passaram a área verde se regenerou aumentando o que é considerado área de bosque.
– Foram encontrados diversos outros remanescentes da antiga construção: muros e escadarias do paisagismo original dessa área tombada assim como indícios do porão do antigo palacete que não estão sendo mantidos no projeto aprovado conforme exige o tombamento da área pelo CONPRESP. Esses remanescentes pertencem ao histórico “Colégio Des Oiseaux”, que ocupou o já existente “Palacete Uchoa” projetado pelo arquiteto Victor Dubugras e demolido na década de 1970.