Com fotos e histórias, dupla questiona conceitos da terceira idade

O que Alzira, Antonio, Armando, Carmem, Clóvis, Jesus, José, Manoel, Olindo, Salatiel e Severina têm em comum? São os primeiros entrevistados do projeto SP Idosos, que retrata vivências positivas de pessoas com mais de 60 anos para motivar a discussão de conceitos e preconceitos relacionados à idade.

Raquel Ribeiro, psicóloga, e Roniel Felipe, jornalista e fotógrafo, buscaram inspiração no SP Invisível, movimento que busca motivar as pessoas a terem um olhar mais humano. E é também contando histórias de quem encontram pela vida que eles querem abrir os olhos e a mente dos brasileiros.

“Queremos discutir o estigma dos idosos, que são vistos pela sociedade como pessoas frágeis, doentes ou inativas”, diz Raquel, que aos 35 anos tem mestrado e está concluindo doutorado em terceira idade. “Idoso é uma pessoa com mais de 60 anos, só isso, nada mais. Muitos deles são muito ativos, mesmo enfrentando as dificuldades da idade.”

No seu depoimento ao SP Idosos, o paulista Salatiel Alves, 84 anos, conta que ficou viúvo, mas não perdeu a alegria: “Gosto de dançar. Danço tanto que os velhos querem me matar. Eles têm dor de cotovelo porque as ‘coroas’ gostam de mim. Eu ando bem arrumado. E eu também sou respeitador. Sou homem e gosto de namorar. Já fui casado, agora só quero ficar”.

Raquel e Roniel estão em busca de colaboradores para colher mais depoimentos para a página do Facebook. “Acredito na potência de um discurso para desmitificar a fragilidade atribuída ao idoso e pelo idoso”, diz ela. “Eu já ouvi idoso dizer: ‘Eu sou idoso, eu trabalho. Como se um idoso não pudesse trabalhar!”, exemplifica.

Por QSocial

*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.

Em parceria com qsocial