Como trabalhar 6 meses e viajar 6 meses por ano

12/08/2015 16:12 / Atualizado em 06/05/2020 23:23

Confira como a Amanda do blog Por Uma Vida Mais Rica tem feito para conseguir se manter viajando durante seis meses por ano.

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Santa Cruz, California[/img]

 Claro, que depois dessa experiência nunca mais fui a mesma, então de volta ao Brasil, estava decidida a ter uma vida diferente daquela que eu costumava ter antes da viagem, e já comecei a planejar a minha segunda aventura, dessa vez na California, onde estou atualmente.

Para conseguir ter essa flexibilidade de viajar por longos períodos, eu comecei a trabalhar como freelancer, porém, ao contrário do que parece, trocar um emprego fixo pela instabilidade de não saber qual será o meu salário no final do mês não foi uma decisão muito fácil, visto que tive que abdicar de muitas coisas para baixar o meu custo de vida nesse começo do recomeço. A primeira coisa que eliminei foi a minha casa, para que pudesse diminuir ao máximo meu custo fixo mensal, e assim economizar para viajar mais. Quando fico no Brasil, minha base é a casa da minha mãe, que fica em Santos – SP e quando tenho que ir a São Paulo a trabalho, fico em casa de amigos, e caso precise de mais tempo por lá, alugo um quarto através do Airbnb.

Minha meta é ficar de seis a oito meses no Brasil entre uma viagem e outra, para que assim eu possa levantar dinheiro suficiente para o próximo destino, e é o que tenho feito. Assim que voltei da Europa em novembro de 2014, passei os últimos seis meses trabalhando como freelancer na área de produção de eventos, e parti para a California, onde estou vivendo atualmente.

Para conseguir viajar mais barato, e durante longos períodos, eu incorporei ao sistema work exchange (você pode conhecer mais sobre a minha primeira experiência na Inglaterra), ou turismo colaborativo, onde trabalha-se em troca de casa e comida, com isso meus gastos são apenas para o meu divertimento e despesas básicas como shampoo, roupas, remédios, etc.

Geralmente eu planejo juntar uns R$ 9 mil para cada viagem de cerca de 4 meses, mas se eu não consigo basta adequar o estilo de viajar ao meu bolso. Nessa viagem atual na Califórnia, em um mês eu gastei apenas 650 reais usando o turismo colaborativo mais 1.500 reais com a passagem de ida e volta. Prova de que não é preciso muito dinheiro para viver experiências assim.

 
 

Ter esse estilo de vida é também abrir mão de muitas coisas e confortos como a cama quentinha, o travesseiro macio e os amigos perto a todo momento. É preciso estar aberto a receber o que as pessoas estão dispostas a te oferecer e ser grato por isso, o que só tem me feito perceber o quanto sair da zona de conforto tem servido com uma verdadeira escola para mim, principalmente pela prática do desapego, onde minha casa virou apenas uma mala e meu computador.

Confesso que por algumas vezes parei e pensei se o que tenho feito está errado ou se tudo não passa de uma grande loucura… Como assim não ter uma residência fixa, plano de ter uma carreira corporativa ou um carro na garagem? Essas são algumas perguntas que me assombram em alguns momentos, porém, quando começo a considerar a idéia de voltar a ter a vida “normal” de antigamente, não consigo sentir o mesmo brilho nos olhos que tenho com a vida que levo hoje. Hoje consigo perceber o quão feliz eu sou assim desse jeito “meio diferente”, e é isso que me faz ter a certeza de que estou seguindo o caminho certo.

Obviamente que vivo com menos dinheiro do que anteriormente. O que é algo muito relativo, pois quando possuía um emprego fixo e morava em São Paulo, eu acabava trabalhando para pagar as contas, que eram muitas: celular, aluguel, faxineira, condominio, transporte, entretenimento, etc, e o pouco que sobrava eu acabava juntando para viajar, o que sempre foi a minha paixão. Porém, hoje posso dizer que sou muito mais rica no meu estilo de vida.Não me dou ao luxo de comprar roupas novas todo mês e muito menos de jantar fora toda a semana, como eu costumava fazer, mas sinto-me muito mais completa pela flexibilidade que tenho nas minhas escolhas, e em poder viajar por longos períodos, não mais apenas durante as minhas férias de trinta dias.

 
 

Hoje, muito mais do que ter uma conta bancária cheia de dinheiro, a minha prioridade é a liberdade, é poder estar onde eu quiser e com quem eu quiser, às vezes até sofrer as consequências disso, porém, consciente de que sou dona das minhas escolhas e do meu TEMPO!

Sites de work exchange que eu recomendo: wwoof, workway, helpex, worldpackers. Basta se cadastrar e procurar pelos locais desejados.

Se preparando para o trabalho na volta:

  • Geralmente, faltando uns quinze dias mais ou menos para a minha viagem terminar, já começo a entrar em contato com meu circulo pessoal e profissional para que saibam que estou disponível para trabalhar novamente como freelancer.
  • Participo de grupos no Facebook direcionados para esse ramo, onde ajudam nessa divulgação.
  • Atualmente, existem alguns websites que contratam freelancers e que não é necessário nem sair de casa para realizar as tarefas. São eles: 99jobs, Trampos.

Saiba Mais: Por Uma Vida Mais RicaFBInsta.