Conheça a cidade Tikal e suas enormes pirâmides maias

18/08/2014 09:00 / Atualizado em 19/08/2014 10:38

Se para conhecer a cultura inca o mochileiro viaja ao Peru em busca de Machu Picchu, quem quer entrar em contato com os resquícios dos maias deve ir à América Central, mais especificamente à Tikal, na Guatemala.

Por toda a península de Yucatán (ou Iucatã) –que engloba além da Guatemala, Belize e México – há sítios arqueológicos de antigas cidades maias, mas Tikal era uma das maiores daquela civilização.

A cidade de Tikal é a que melhor conserva a cultura maia até hoje
A cidade de Tikal é a que melhor conserva a cultura maia até hoje

El Mirador, ao norte, pode ter sido maior que Tikal no passado, mas restou pouco para saber. A cidade foi descoberta em 1926, mas só profundamente estudada a partir de 2003.

A praça central é quatro vezes maior do que a de Tikal. Para El Mirador, porém, leva-se de quatro a cinco dias de trilha para chegar, enquanto para Tikal, bem mais turística, demora-se duas horas de ônibus a partir da ilha artificial de Flores, o principal ponto de parada de mochileiros.

O tamanho das construções mostram o poder que o império tinha
O tamanho das construções mostram o poder que o império tinha

Acredita-se que Tikal ficava bem ao centro da civilização. Ao norte, havia El Mirador, ao sul Copán (já em Honduras, próximo da fronteira com a Guatemala), ao leste Caracol (em Belize) e a oeste Palenque (no México).

Campo do “juego de pelota” maia
Campo do “juego de pelota” maia

Quem já se impressionou com Machu Picchu tende a ficar ainda mais encantado com Tikal. A cidade é bem mais espalhada. Para conhecer todo o sítio, o correto é visitá-lo dois dias, tamanha é a sua extensão. No total o parque possui 576 km², com mais de três mil estruturas maias, passando por praças de cerimônia, campos de “juego de pelotas” e prédios de estudo de astronomia.

Maquete de Tikal localizada na entrada do parque
Maquete de Tikal localizada na entrada do parque

A principal diferença que se vê para Machu Picchu é o estilo das construções. Em Tikal, há prédios onde o mochileiro se sente uma formiga e fica imaginando como aquilo foi construído. A maior construção é o Templo IV, com 64,6 metros de altura, de onde é possível ver o topo de outros templos. Achou alto? Em El Mirador, a pirâmide El Danta possui 75 metros, a mais alta estrutura maia conhecida.

Quanto custa? A vantagem da viagem à Guatemala é o preço. Em hostels, o preço varia de R$ 5 a R$ 20 por noite. A comida, menos de R$ 10. Por ser muito turístico, Tikal é um dos passeios mais caros (US$ 50, incluindo ônibus de ida e volta a Flores, entradas para o parque, almoço e guia). O passeio com guia é indicado por conta da grandiosidade do local e dos detalhes de informação que o profissional proporciona. Se for por conta própria pegando ônibus público de Flores, a parte mais cara é o ingresso de Tikal (150 quetzals, ou aproximadamente US$ 20).

Marcador do “juego de pelota”, em exibição na exposição maia em São Paulo
Marcador do “juego de pelota”, em exibição na exposição maia em São Paulo

Curiosidade: São Paulo está sendo a primeira cidade estrangeira a receber as esculturas originais dos maias vindas de museus mexicanos, principalmente de Palenque. A exposição gratuita fica até o dia 24 de agosto na Oca do Ibirapuera.

Por Wanderluster