Conheça a cidade Tikal e suas enormes pirâmides maias
Se para conhecer a cultura inca o mochileiro viaja ao Peru em busca de Machu Picchu, quem quer entrar em contato com os resquícios dos maias deve ir à América Central, mais especificamente à Tikal, na Guatemala.
Por toda a península de Yucatán (ou Iucatã) –que engloba além da Guatemala, Belize e México – há sítios arqueológicos de antigas cidades maias, mas Tikal era uma das maiores daquela civilização.
El Mirador, ao norte, pode ter sido maior que Tikal no passado, mas restou pouco para saber. A cidade foi descoberta em 1926, mas só profundamente estudada a partir de 2003.
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A praça central é quatro vezes maior do que a de Tikal. Para El Mirador, porém, leva-se de quatro a cinco dias de trilha para chegar, enquanto para Tikal, bem mais turística, demora-se duas horas de ônibus a partir da ilha artificial de Flores, o principal ponto de parada de mochileiros.
Acredita-se que Tikal ficava bem ao centro da civilização. Ao norte, havia El Mirador, ao sul Copán (já em Honduras, próximo da fronteira com a Guatemala), ao leste Caracol (em Belize) e a oeste Palenque (no México).
Quem já se impressionou com Machu Picchu tende a ficar ainda mais encantado com Tikal. A cidade é bem mais espalhada. Para conhecer todo o sítio, o correto é visitá-lo dois dias, tamanha é a sua extensão. No total o parque possui 576 km², com mais de três mil estruturas maias, passando por praças de cerimônia, campos de “juego de pelotas” e prédios de estudo de astronomia.
A principal diferença que se vê para Machu Picchu é o estilo das construções. Em Tikal, há prédios onde o mochileiro se sente uma formiga e fica imaginando como aquilo foi construído. A maior construção é o Templo IV, com 64,6 metros de altura, de onde é possível ver o topo de outros templos. Achou alto? Em El Mirador, a pirâmide El Danta possui 75 metros, a mais alta estrutura maia conhecida.
Quanto custa? A vantagem da viagem à Guatemala é o preço. Em hostels, o preço varia de R$ 5 a R$ 20 por noite. A comida, menos de R$ 10. Por ser muito turístico, Tikal é um dos passeios mais caros (US$ 50, incluindo ônibus de ida e volta a Flores, entradas para o parque, almoço e guia). O passeio com guia é indicado por conta da grandiosidade do local e dos detalhes de informação que o profissional proporciona. Se for por conta própria pegando ônibus público de Flores, a parte mais cara é o ingresso de Tikal (150 quetzals, ou aproximadamente US$ 20).
Curiosidade: São Paulo está sendo a primeira cidade estrangeira a receber as esculturas originais dos maias vindas de museus mexicanos, principalmente de Palenque. A exposição gratuita fica até o dia 24 de agosto na Oca do Ibirapuera.
Por Wanderluster