Conheça representantes do samba baiano
Não há como pensar no samba baiano sem lembrar de Dorival Caymmi, Riachão e Batatinha.
Dorival Caymmi
Nascido em uma família que amava a música, Caymmi cresceu rodeado por instrumentos como violão, piano e bandolim. Dentro de casa, ouvia a mãe e o pai cantarolando canções. Não seria surpreendente que assumisse uma carreira musical no futuro.
Quando mudou-se para o Rio de Janeiro para cursar Direito, Dorival encantou Teófilo de Barros Filho com a sua poesia. Ele logo o apresentou à cantora Carmem Miranda e ali começava, de forma definitiva, a trajetória de um dos maiores músicos do Brasil.
O baiano cantou a Bahia e suas maravilhas, em sucessos como “Saudade da Bahia”, “Samba da Minha Terra”, “Maracangalha” e “Acontece que sou baiano”.
Riachão
Gravado por Jackson do Pandeiro, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Cássia Eller, Dona Ivone Lara, entre outros, Clementino Rodrigues, mais conhecido como Riachão, começou a compor aos 15 anos de idade. O sambista foi alfaiate, office boy, vendedor de cachorro-quente e trabalhou na Rádio Sociedade da Bahia.
Aos 52 anos, quando ainda trabalhava como contínuo de banco, lança o LP “Sonho de ser malandro”, o primeiro dos quatro de sua carreira. Compôs, entre outras músicas, os sucessos “Cada macaco no seu galho”, “Meu patrão” e “Vá morar com o diabo” .
Batatinha
Oscar da Penha começou a compor e a cantar quando ouviu um samba do carioca Vassourinha. Sua admiração pelo sambista era tamanha que foi apelidado com o nome do ídolo. A designação, no entanto, não durou muito: após apresentar seu primeiro samba (“Inventor do trabalho”) ao jornalista e compositor Antônio Maria ganhou um nome próprio.
Antônio confundiu “Vassourinha” com Batatinha – gíria que, na época, significava “gente boa”. Desta troca, nasceu o pseudônimo do cantor e compositor que foi gravado por artistas como Chico Buarque, Jamelão, Caetano Veloso e Maria Bethânia, sua maior intérprete.
Batatinha estudou música com o maestro Santo Amaro, mas gostava mesmo era de batucar em caixa de fósforos, que usava para marcar o ritmo do samba. É o autor de “Ministro do Samba”, uma homenagem ao amigo Paulinho da Viola, e “Diplomacia”.