Cyro Monteiro, um apaixonado por futebol
Se estivesse vivo, Cyro Monteiro estaria nervoso com a estreia do Brasil na Copa. O cantor, falecido em 1973 e considerado um dos maiores intérpretes do país, era um apaixonado por futebol em geral e pelo Flamengo em particular.
O carioca do Rocha emplacou sucessos como “Se acaso você chegasse” e “Falsa Baiana”. Era amigo pessoal de Vinicius de Moraes que, no seu “Samba da Bênção“, exclama: “A bênção, meu bom Cyro Monteiro! Você, sobrinho de Nonô!”. É que o cantor era sobrinho do famoso pianista Nonô, considerado um dos melhores da época. Adorava um boteco e suas marcas registradas eram o bom-humor e a caixinha de fósforos, na qual vivia batucando por aí.
A paixão pelo Flamengo levou o “Formigão”, como foi apelidado, a pregar uma peça em Chico Buarque, emérito tricolor. Por ocasião do nascimento da primeira filha de Chico, Sílvia, enviou de presente uma camisa rubro-negra. O torcedor do Flu respondeu compondo “Ilmo. Sr. Cyro Monteiro ou Receita para virar casaca de neném”, na qual avisa: “Um pano rubro-negro/É presente de grego…”. A música começa com a indefectível caixinha de fósforos.
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O baterista, cantor, compositor Wilson das Neves compôs em parceria com João Nogueira “Um samba pro Cyro Monteiro“. Nele, Das Neves e João, também flamenguistas, exaltam o saudoso amigo que “foi rubro-negro doente, vestia a camisa na mesa do bar“.
Confira seu divertido depoimento em homenagem ao Flamengo neste vídeo: