Dante Santoro, o canário rio-grandense
Dante Italino Santoro nasceu em Porto Alegre, em 1904, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1969. Por volta dos 10 anos começou a tocar flauta. Teve como mestre o músico Octávio Dutra. Sem fontes seguras, acredita-se que tenha se deslocado para a então Capital Federal em 1919, antes, portanto, do advento radiofônico.
Durante os anos 1920, integrou os grupos de Octávio Dutra em Porto Alegre. Em 1933, no Rio, gravou na Victor composições de seu professor, que havia dado a ele o apelido de ‘Pato’.
Em meados dos anos 1930, Santoro passou a liderar o Regional da Rádio Nacional, emissora emblemática da época, onde ficou em destaque por três décadas. Atuou também na orquestra da rádio. O “Canário Rio-grandense” ganhou no Rio outro codinome: “Bico de Ouro”, pelo seu virtuosismo no sopro.
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Ele e seu regional estiveram ao lado dos maiores nomes da música brasileira de seu período. Faziam parte de seu inesquecível grupo Valzinho ao violão, a dupla Dino 7 Cordas, Cesar Farias, Jorginho do Pandeiro, entre outros.
O capixaba Carlos Poyares achava que Dante foi o maior flautista de todos. Altamiro Carrilho tinha em Santoro e Benê Lacerda suas referências. Chorão e erudito, o instrumentista e compositor apelidado Canário Rio-grandense foi um marco de alta qualidade na história fonográfica e das rádios no Brasil.
“Harmonia Selvagem”, de Dante Santoro com Antonio Rocha e Regional Imperial
Para saber mais sobre o Choro, leia o livro “Chorando na Garoa: Memórias Musicais de São Paulo” (adquira o seu através do link http://www.freenote.com.br/), mande e-mail para [email protected] ou acesse a fanpage.