Feira Kantuta: conheça a cultura e a culinária boliviana em SP
Ao chegar no metrô Armênia, saia da estação em direção à Rua Pedro Vicente. Caminhe por essa rua por cerca de 700 metros e se depare com um pedacinho da Bolívia em pleno bairro do Pari. Ali acontece todos os domingos das 11h às 19h a Feira Kantuta, ponto de encontro da comunidade boliviana em São Paulo, que também atrai paulistanos interessados em conhecer a cultura e a culinária de nosso vizinho andino. O blog Passeios Baratos em SP conta como é.
A estação Armênia fica na Linha Azul do Metrô, na região central de São Paulo. Ao lado da estação, há um terminal metropolitano de ônibus com linhas para cidades da grande São Paulo, como Osasco, Guarulhos e Mogi das Cruzes.
O QUE TEM POR LÁ
São diversas barracas que se espalham pela praça Kantuta e pelas ruas adjacentes, e que oferecem uma grande variedade de produtos da Bolívia, como artigos de decoração, brinquedos e ingredientes culinários. Há também diversas barracas que vendem cartões de telefone para ligações internacionais, CD, DVDS e pen drives com músicas e programas de televisão bolivianos, além das “peluquerias”, barraquinhas onde adultos e crianças recebem cortes de cabelo no estilo da terra natal.
Há também muitos lugares para comer, tanto opções mais simples, como as saltenhas, as empanadas e as salchipapas (batatas fritas com salsicha), quanto pratos mais completos, como o lechón (leitão assado) ou o chicharrón (porco frito servido com milho cozido).
Fomos para lá no dia 27 de Setembro, e chegamos por volta do meio-dia. O local estava bem vazio, mas lá pelas 14h já havia muitas pessoas circulando pela feira, então não vale a pena chegar muito cedo. Nesse dia, foi realizado o lançamento do Projeto Casa Latina, que promove ações artísticas e intervenções urbanas na Praça Kantuta. Também houve uma apresentação de danças e músicas típicas da Bolívia.
O QUE COMEMOS
A maioria das barraquinhas de comida tinha os mesmos pratos, mas a gente acabou parando na “Barraca Dona Arminda”. Quem nos atendeu lá foi o Félix que explicou pacientemente cada um dos pratos e, como todos eles tinham carne, eles ofereceu de fazer um prato especial para o Jonas, além de uma salada extra caprichada num ratinho separado. O atendimento nessa barraca – assim como em outras que visitamos – foi muito simpático e atencioso!
Quase todos os pratos contavam com um milho branco grandão e diferentes tipos de batata, como a batata branca e a batata preta, além da tradicional que a gente come por aqui. No prato especial sem carne do Jonas vieram também dois ovos cozidos, salada, e duas fatias de queijo. A Lígia foi de charquekan, que além das batatas diferentes, do milho e do queijo, vinha com uma carne seca desfiada bem crocante e fininha (ah, e nesse prato veio um ovo cozido também… com casca). Todos os pratos nessa barraca custavam entre R$12 e R$15.
Prato adaptado sem carne: os pratos vieram super bem servidos, e quem não come muito consegue com certeza dividir um para duas pessoas. Foi curioso comer o milho e as batatas bem diferentes. A carne seca era bem sequinha mesmo, então o prato, apesar de gostoso, acaba sendo um pouco seco demais. Na próxima vez, talvez valha a pena experimentar um diferente!
Depois do almoço, tomamos um mocochinche, que é um suco de pêssego com canela, que estava bem gostoso e custou R$2.
Praça Kantuta
A praça está localizada a cerca de 700 metros da Estação Armênia, na Linha Azul do Metrô. Use a saída da estação que dá acesso à rua Pedro Vicente, e caminhe por ela até chegar à praça. Não tem como errar. Se você estiver indo de ônibus pela Avenida Cruzeiro do Sul, a praça está bem pertinho, basta entrar à direita (no sentido bairro) na Pedro Vicente.
É bom levar dinheiro, pois essa é a única forma de pagamento aceita em várias das barracas. A feira acontece todos os domingos das 11 às 19h.