Fiesp perde autorização para projeções na Avenida Paulista
Em plenária da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) realizada na manhã desta terça-feira, 12, a Fiesp perdeu a autorização para projetar imagens e frases no prédio da sua sede, localizada na Avenida Paulista.
A Comissão entendeu que ao invés de fazer uso da fachada do prédio para exibir arte digital, a federação vinha usando o painel para compartilhar posicionamento ideológico, infringindo o acordo.
Já há alguns meses, a fachada do edifício exibia frases dirigidas diretamente à presidente Dilma Rousseff e a favor do impeachment.
- Microsoft abre curso gratuito para mulheres; saiba como se inscrever
- AVC: saiba como prevenir e identificar os sinais de alerta
- Senai oferta mais de 5 mil vagas em cursos gratuitos
- Como a vitamina D pode impactar a depressão e a ansiedade
A realização da “Galeria de Arte Digital” foi autorizada em 2012 e renovada pela última vez em 27 de fevereiro, para “inserção de intervenção artística na paisagem urbana”.
A Fiesp é presidida por Paulo Skaf (PMDB), que já se manifestou diversas vezes a favor do impeachment. Leia a matéria completa na Folha de S.Paulo.
Confira a nota oficial divulgada pela CPPU:
A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) deliberou nesta terça-feira (12) pela revogação da autorização de funcionamento do painel de LED instalado na fachada do edifício da Fiesp/SESI (Federação das Industrias dos Estados de São Paulo Serviço Social da Indústria), por descumprimento da lei 14.223/06, conhecida como Lei Cidade Limpa, responsável pelo ordenamento e regulação dos elementos que compõe a paisagem urbana no Município de São Paulo. O painel tinha autorização para realização de anúncios com finalidade cultural, como intervenções artísticas, veiculação de mensagens ou informações apenas de cunho cultural.
A autorização mais recente para a “Galeria de Arte Digital SESI”, como foi denominado o painel, foi aprovada por deliberação da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, em sua 53ª Reunião Ordinária, com publicação no Diário Oficial de 27 de fevereiro deste ano.
O responsável pelo painel desrespeitou as regras estabelecidas na lei Cidade Limpa. O tema foi apresentado formalmente à Comissão no dia 17 de março de 2016, por representante da Sociedade Civil, e incluído na pauta para discussão, deliberada hoje por maioria dos votos (treze votos favoráveis e três abstenções) pela revogação da autorização.
A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana é composta por oito representantes do Poder Executivo e por oito representantes da Sociedade Civil.
A decisão passa a valer a partir da publicação da CPPU e a fiscalização do seu cumprimento caberá à Subprefeitura de Pinheiros.