Filme gravado com iPhone mostra o lado B de Hollywood
Hollywood, carrões, celebridades, grandes produções? Nada disso, o diretor Sean Bake quis mostrar lado B da cidade onde tudo acontece.
No longa “Tangerine” as estrelas não correspondem ao estereótipo comuns nas grandes produções. E, no entanto, o filme que tem como protagonistas prostitutas transexuais foi uma das principais surpresas do Festival de Cinema Sundance, nos EUA, em janeiro. Além do roteiro, fotografia com tonalidade alaranjada, o filme tem outra peculiaridade. Todas as imagens foram captadas por três iPhones 5S.
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A escolha de Sean Baker se deu, inicialmente, por conta do baixo orçamento disponível para as filmagens. Para garantir qualidade, o diretor precisou recorrer a alguns truques . Uma delas foi usar lentes “anamórficas”, que permite filmar com qualidade em proporção de tela widescreen (2:35:1). O adaptador anamórfico usado foi da marca Moondog Labs.
O segundo truque de Sean Baker foi o aplicativo FiLMiC Pro. O software de apenas US$ 8 (com um equivalente gratuito) garantiu o controle da granulação, de abertura da lente e também da “temperatura” das cores.
Outro truque, para as mãos não tremerem, foi o equipamento chamado steadicam.
Para dar mais classe, o diretor saturou as imagens em tons alaranjados na pós produção. Esse saturamento motivou o nome do filme. O longa chega aos cinemas no di a10 de julho. Por enquanto, dá para assistir o trailer.