Francisco Mignone, o Chico Bororó
Francisco Paula Mignone nasceu na capital paulista em setembro de 1897 e o primeiro contato com a música veio através de seu pai, o flautista Alferio. Depois, ingressou no famoso Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde teve aulas de piano, flauta e composição.
Durante os anos 1920 foi estudar na Itália, retornando no final da década, época em que iniciou sua amizade com o intelectual e musicista Mário de Andrade, compondo com ele peças de espírito nacionalista. Nos anos 1930 morou no Rio, onde se tornou professor do Instituto Nacional de Música. Foi também regente no início dos trabalhos da Orquestra da Rádio MEC, hoje O. S. Nacional, e diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, entre outras atribuições. Faleceu em 1986.
Francisco Mignone, grande pianista, foi muito influenciado pela música de sua terra, São Paulo. Durante sua mocidade, atuou sob o pseudônimo de Chico Bororó, escrevendo modinhas, toadas, maxixes, mazurcas e, especialmente, o gênero que mais o destacou: valsas.
Gravou em 1978 um duo pianístico com sua esposa, Maria Josephina, o LP “Ernesto Nazareth”, pela RGE. Em 1981, foi homenageado com o LP “Mignone – Intérprete: Maria Josephina”, lançado pela Eldorado, disco no qual foram interpretadas 13 obras de sua autoria. Em 1982, viu Arthur Moreira Lima lançar pela Kuarup o LP “As 12 Valsas de Esquina de Francisco Mignone”.
Maria Josephina Mignone interpreta “Valsa de Esquina no 12”:
Para saber mais sobre o Choro, leia o livro “Chorando na Garoa: Memórias Musicais de São Paulo”, mande e-mail para [email protected] ou acesse a fanpage.