Futuro Museu da Diversidade, casarão da Avenida Paulista terá projeto de restauro escolhido por concurso
Casarão Avenida Paulista se tornará Museu da Diversidade[/img]
No mesmo concurso, será selecionado, também, projeto de restauro para a Estação Ferroviária de Mairinque, com prêmio de R$ 400 mil. A iniciativa tem apoio do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Os interessados poderão se inscrever de 4 de setembro a 20 de outubro.
A ocupação do Casarão Franco de Mello possibilitará a ampliação das ações culturais e outras relacionadas à preservação, estudo e difusão da memória da população LGBT paulista e brasileira, já realizadas pela Secretaria da Cultura por meio do Museu da Diversidade Sexual, em uma sala expositiva da Estação República do Metrô. O espaço, inaugurado em 2012, recebeu mais de 35 mil visitantes em 2013 e continuará funcionando mesmo após a inauguração da nova sede, na Avenida Paulista.
O casarão tem área construída de aproximadamente 600 metros quadrados. Já o anexo deverá ter uma área de 2 mil m². A área total do terreno é de 2 mil m². O anúncio de que o imóvel histórico receberá o Museu da Diversidade Sexual foi feito na Parada LGBT de 2014. A proposta da Secretaria da Cultura é de que o Museu também trabalhará na preservação da memória da casa e do histórico de ocupação da Avenida Paulista – que de um reduto da elite cafeeira sofreu várias transformações ao longo de um século até se tornar símbolo da cidade e espaço para a manifestação da diversidade humana, como ocorre, por exemplo, durante a Parada LGBT.
No projeto do Casarão deverá ser considerado o Pré-Plano Museológico, de autoria da museóloga Katia Regina Felipini Neves em parceria com a equipe do Museu da Diversidade Sexual. Este Pré-Plano deverá embasar as reflexões para definição do partido arquitetônico para o edifício anexo a ser construído no mesmo lote do casarão sem, no entanto, avançar na elaboração de qualquer proposta museográfica.
Tombado pelo Condephaat em 1992, o edifício é, junto com a Casa das Rosas, um dos únicos remanescentes dos antigos casarões da primeira fase de ocupação da Avenida Paulista, no final do século XIX. Construído em 1905, inteiramente recuado, em alvenaria de tijolos, possui um pavimento e um porão alto, constituindo um bom exemplo do estilo eclético na cidade. Em 1921, foi reformado e ampliado. A vegetação existente no lote vizinho ao desta residência fazia parte dos jardins da antiga “Vila Fortunata”, atualmente demolida, que pertenceu à família Thiollier.