“Humanos de São Paulo” retrata personagens anônimos da cidade

Inspirados em modelo de Nova York, dois estudantes tocam fanpage no Facebook garimpando a cidade atrás de boas histórias

07/08/2014 15:14 / Atualizado em 04/05/2020 14:47

“Quando foi o seu primeiro emprego?” “Foi em 1962.” “E o que você fazia?” “Trabalhava em um parque de diversão. Na montanha russa.” “Quantos anos você tinha?” “Era menor, tinha 17 para 18 anos na época. Trabalhei dez anos lá. Saí porque fechou.” “Você levava suas namoradas pra lá?” “Tive tantas. (risos) Era tanta namorada. É… Naquele tempo era mesmo. Eu tomava conta da montanha russa e dava muita carona.” “E você levava elas para aquele passeio no escuro?” “Eu morava lá dentro. Tinha o meu quarto. Já levava direto.” (risos)
“Quando foi o seu primeiro emprego?” “Foi em 1962.” “E o que você fazia?” “Trabalhava em um parque de diversão. Na montanha russa.” “Quantos anos você tinha?” “Era menor, tinha 17 para 18 anos na época. Trabalhei dez anos lá. Saí porque fechou.” “Você levava suas namoradas pra lá?” “Tive tantas. (risos) Era tanta namorada. É… Naquele tempo era mesmo. Eu tomava conta da montanha russa e dava muita carona.” “E você levava elas para aquele passeio no escuro?” “Eu morava lá dentro. Tinha o meu quarto. Já levava direto.” (risos)

Andando pelas ruas de São Paulo, uma pessoa é capaz de cruzar com milhões de outras sem nem notar. Mas e se cada uma delas tiver algo a dizer? Descobrir suas histórias, lembranças e opiniões é do projeto “Humanos de São Paulo“, que percorre as ruas da cidade em busca de personagens e histórias que possam caracterizá-la.

Criada em julho, a página do projeto no Facebook já tem mais de quatro mil curtidas. A inspiração foi o “Humans of New York”, projeto criado em 2010 pelo fotógrafo americano Brandon Stanton.

Quem revela os humanos da cidade são os estudantes Paula Simões e Rodrigo Quartarone, que usam seu tempo livre entre o estágio e a faculdade para coletar as histórias e imagens. Eles contam que, no começo, o objetivo era aprimorar as habilidades profissionais de ambos para abordar, entrevistar e fotografar pessoas, mas cada contato se transformou em curiosidade por mais histórias.

Agora, a intenção, segundo seus criadores, é construir uma colcha de retalhos formada por hippies, moradores de rua, adolescentes, religiosos, artistas e quaisquer tipos de transeuntes. Os humanos da cidade.