Jovem faz mochilão pela Europa para conhecer escolas

Fazer um mochilão pela Europa é o sonho de muitos jovens. Para algumas pessoas é sinônimo de aventura, diversão e liberdade. Mas para o mineiro Francisco Mello Castro, 21 anos, foi uma experiência transformadora.

Diferente da maioria, a primeira viagem do administrador público ao continente europeu teve outro propósito: a educação.

Em 30 dias, ele visitou nove cidades em cinco países (Portugal, Inglaterra, Espanha, França e Holanda) para conhecer escolas que desenvolvem o ensino pela experiência e incentivam seus alunos a resolver problemas reais.

De acordo com Francisco, a ideia inicial era visitar seis escolas relativamente famosas na Europa, como a Schumacher College, Oxford e Dartington (Londres); Team Academy, da Universidade de Mondragón (Espanha); Knowmads (Amsterdãn) e a Sense School  (Paris), mas ele acabou conhecendo 18 projetos.

Integrante da rede Make Sense, uma comunidade global de pessoas que ajudam empreendedores sociais a desenvolver seus negócios, Francisco contou com apoio do grupo conseguir hospedagem e visitar algumas instituições.

“As pessoas são bastante sensíveis ao tema educação e sempre havia pessoas dispostas a me encontrar para trocar experiências ou me mostrar uma escola”, diz o administrador público.

Apesar de ter decido viajar 30 dias antes de embarcar, grande parte dos contatos foi feito já na Europa. “Foi importante não planejar tanto, pois me deu mobilidade. Como não tinha as passagens compradas eu podia viajar de um lugar para outro quando via uma oportunidade legal”, completa.

Experiências

Como aprendizado do mochilão, Francisco diz ter conseguido encontrar tendências educacionais que atendem aos valores e necessidades do século 21.

Segundo ele, na maioria dos projetos visitados, percebeu padrões comuns de prática que acredita que precisam ser aplicados no Brasil: encorajar alunos a experimentar, incentivá-los a usar os conhecimentos que já têm e dar liberdade para escolher como querem aprender e como querem fazer isso.

Francisco quer usar parte das experiências na start-up Empower (uma escola de inovação).

“Queremos oferecer às escolas a possibilidade de absorver estas culturas e melhorar a qualidade da educação no país. Estamos começando uma rede de professores, educadores e alunos para que eles assumam a responsabilidade de transformação de suas escolas”, completa.

Para o futuro, Francisco diz que pretende fazer uma viagem aos Estados Unidos com o mesmo propósito, mas ainda é um esboço. “Não tenho mais do que a vontade. Uma das fundadoras da Empower está na Inglaterra, então vamos continuar com algumas visitas por lá e algumas aqui pelo Brasil mesmo”.

Com informações do PorVir.org