Mitos e verdades sobre a Estátua da Liberdade

Inaugurada há 128 anos, a Estátua da Liberdade é o principal símbolo e um dos pontos turísticos mais visitados dos Estados Unidos. Erguida com a assistência do mesmo engenheiro da Torre Eiffel, Gustave Eiffel, a estátua cujo nome oficial é “A Liberdade Iluminando o Mundo” representa um dos maiores princípios da “Terra do Tio Sam”: a liberdade.

O Viagem Livre saiu à procura da verdadeira história do maior monumento americano, a Estátua da Liberdade, e descobriu que nem tudo o que ouvimos é exatamente da forma como dizem. Abaixo, descubra mitos e verdades sobre a gigante americana.

1 -A estátua foi um presente da França aos EUA 

Verdade. O político francês Edouard de Laboulaye propôs a ideia da construção de um monumento nos Estados Unidos em 1865. Dez anos mais tarde, o escultor Frédéric Auguste Bartholdi desenhou a estátua que comemoraria os 100 anos da Declaração de Independência dos Estados Unidos.

Uma espécie de aliança entre americanos e franceses, a estátua teria seu pedestal construído pelos Estados Unidos e o corpo pela França e, em seguida, seria trazida à chamada “Terra da Liberdade”.

Por problemas financeiros, o governo americano não bancou o projeto e a poeta Emma Lazarus escreveu, em 1883, o famoso soneto “The New Colossus”, com o qual arrecadou fundos para a construção do pedestal. Já na França, a estratégia usada para financiar a ideia foi a realização de eventos de entretenimento, taxação de serviços públicos e uma loteria.

2 – A Estátua da Liberdade foi muito bem aceita pelos americanos

Mito. Quando revelada, em outubro de 1886, grupos que lutavam pelo direito das mulheres lamentaram. Em uma época em que as americanas não tinham poder de voto, a construção de uma enorme figura feminina no porto de Nova York como símbolo da liberdade era desproporcional.

3 – A ideia inicial era que a estátua fosse um farol

Verdade. Quando o presidente Ulysses Grant autorizou a construção de uma estátua na Bedloe Island (atual Liberty Island), a determinação era o monumento ser um farol para que a obra não fosse erguida sem um propósito. Pelo fato de os engenheiros não terem conseguido iluminar o farol o bastante, o escultor Bartholdi pensou em cobri-lo de ouro, o que não deu certo porque o custo seria estratosférico.

4 – Visitantes não podem chegar perto da estátua até hoje

Mito. Depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a Estátua da Liberdade ficou totalmente fechada por três anos. Em 2004 o pedestal foi reaberto e, em 2009, a estátua. Desde então, um número limitado de visitantes tem a chance de subir até a coroa da Deusa Romana da Liberdade. Mas o acesso custa 21 dólares para adultos.

5 – As 7 pontas da coroa representam os sete mares e sete continentes do mundo

Verdade. De acordo com a Fundação da Estátua da Liberdade e da Ilha Ellis (Soleif, na sigla em inglês), as sete pontas da coroa representam os sete continentes do mundo divididos: África, América do Norte, América do Sul, Antártica, Ásia, Europa e Oceania. Além disso, cada ponta tem quase três metros de comprimento e 68 kg.

6 – Não existem outros monumentos semelhantes à Estátua da Liberdade

Mito. Há algumas réplicas da Estátua da Liberdade espalhadas pelo mundo, inclusive no Brasil. Recentemente, uma rede de lojas de departamento colocou imitações de 35 metros de altura na frente de alguns estabelecimentos. A ideia era anunciar novas vagas de emprego.

Já na praça Miami, no bairro de Bangu, no Rio de Janeiro, encontra-se uma pequena réplica encomendada pelo Barão do Rio Branco em comemoração ao 10º aniversário da República do Brasil. Sabe o mais impressionante: a estátua da praça Miami foi esculpida pelo mesmo escultor que desenhou a Estátua da Liberdade original, Frédéric Auguste Bartholdi.