O lado B de Montreux
O blog Viagem em Pauta listou o que dá para ver no 48º Montreux Jazz Festival sem ter que colocar a mão no bolso
Do lado de dentro de um dos mais importantes festivais de jazz do planeta, circulam alguns dos nomes de maior peso da música internacional como Stevie Wonder, o etíope Mulatu Astatke (quem se apresentou em São Paulo, recentemente, com Criolo); o guitarrista Buddy Guy (a inspiração viva de Jimi Hendrix) e as bandas Massive Attack e Metronomy.
Mas é do lado de fora do Montreux Jazz Festival, ao longo do calçadão florido às margens do lago Genebra, que o festival parece ficar ainda mais vivo.
E o que é melhor: é de graça.
- HDL baixo: é possível saber quando o colesterol bom está baixo?
- Descubra como aumentar o colesterol bom e proteger seu coração
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
Famílias circulam entre corredores arborizados do Le Quay, às margens do Lago Genebra; técnicos e músicos arrastam cabos e instrumentos pelas ruas paralelas ao festival; jovens se estiram em toalhas coloridas para ver shows ao ar livre no Parc Vernex; músicos alternativos se apresentam, informalmente, entre barracas de artesanato descoladinho; e fãs se acotovelam entre CDs, camisetas e pôsteres da loja oficial do evento (dá até para achar aquele CD raro do Mulatu Astatke que você não encontra em lugar nenhum).
Você corre até o risco de tomar o café da manhã na mesa ao lado de alguns daquelas figuras que transformam a cidade por um mês em um grande palco ao ar livre e que chega a receber 250 mil visitantes, em uma única edição.
Mas como em todo evento desse nível, os preços costumam assustar os bolsos mais apertados. Só para ter uma ideia, no 48º Montreux Jazz Festival que acontece na cidade até o próximo dia 19 de julho, os ingressos para a apresentação de Stevie Wonder custavam de R$ 458 a R$ 1.115. E estão todos esgotados.
Mas tão democrático quanto a variedade musical deste evento fundado em 1967, que vai do jazz tradicional ao indie rock sussurrado de bandas em início da carreira, são as opções de atrações gratuitas (oficiais, diga-se de passagem) que acontecem em palcos alternativos.
Como definiu a própria produção do evento, este é um “diálogo eufórico entre todas as gerações”.
O blog Viagem em Pauta listou o que dá para ver no 48º Montreux Jazz Festival sem ter que colocar a mão no bolso:
Music in Park – Diariamente, a partir das 13h, o palco ao ar livre do Parc Vernex recebe shows de jazz tradicionais como a big band Rossevelt Jazz Band e outros ritmos como o indie pop da banda suíça The Bianca Story, o Rockabilly dos norte-americanos The Rob Ryan Roadshow e até o nostálgico som do grupo Motown, música negra dos anos 60 gravada no estúdio homônimo de Detroit.
Rock Cave – Às dez da noite, uma sala fechada ao lado do corredor das barracas de alimentos oferece shows de rock como a banda Smells Like K. Spirit que tem repertório em homenagem a Kurt Cobain; Lord of the lost, conhecido pela música gótica; e o punk dos anos 60 do grupo The Revox.
Aftershows – Após os shows no Montreux Jazz Lab, um dos palcos do festival dedicados ao rock, acontecem as apresentações gratuitas que começam às 23h30 e vão até às cinco da manhã como o som eletrônico do DJ esloveno Gramatik, uma das estrelas do line up paralelo à programação dos shows principais.
The Studio: Das 23h às cinco da manhã, este espaço recebe shows de house, house progressivo e techno.
Além do Festival – Nem só com jazz tradicional e som alternativo se faz música em Montreux, cidade suíça aos pés dos Alpes e às margens do Lago Genebra, na fronteira entre a França e a Suíça.
A cidade abriga a pequena e nostálgica exposição “Queen: the Studio Experience”. Foi neste estúdio, localizado no interior de um cassino, que funcionou o antológico Mountain Studios, cujos proprietários entre 1979 e 1993 eram os membros da banda Queen.
Por ali passaram nomes da cena musical mundial como Nina Simone, David Bowie, Led Zeppelin, Iggy Pop, The Rolling Stones e AC/DC, além do próprio Queen, a banda liderada por Freddie Mercury que também gravou neste estúdio álbuns como “A Kind of Magic” (1986), “The Miracle” (1989) e “Innuendo” (1990), o último trabalho de Mercury.
No acervo em exposição é possível ver figurinos da banda, rascunhos de letras, objetos, instrumentos musicais e a réplica da mesa de som do antigo estúdio, onde o visitante pode acionar gravações e entrevistas da banda.
Fãs do Queen e Freddie Mercury, preparem-se, é emoção garantida. Basta ver a parede do lado de fora do estúdio com mensagens de fãs.
A poucas quadras dali, no calçadão de Montreux que fica diante do lago Genebra, uma estátua faz homenagem a esse africano de Zanzibar.
SAIBA MAIS
Queen – the Studio Experience
Onde: Casino Barrière de Montreux (Rue du Théâtre 9, Montreux)
Quando: Diariamente, das 10h30 às 22h
Quanto: Catraca livre
www.mercuryphoenixtrust.com
48º Montreux Jazz Festival
Onde: Montreux, Suíça
Quando: de 4 a 19 de julho
www.montreuxjazzfestival.com