O samba dos anos 1930 e seus representantes

A década de 1930 foi determinante para a afirmação do samba como gênero. Neste período, surgem diversas vertentes como o samba-canção, samba-enredo, samba de morro, entre outras. Ao longo dos anos, estes desdobramentos ganham representantes – intérpretes e compositores referência, que são imediatamente associados a eles.

O samba-canção nasce a partir da mistura das canções românticas, repletas de metáforas e temas que tratavam de questões existenciais, à cadência do samba. Um dos seus principais símbolos é Nelson Cavaquinho, que trazia letras poéticas, de tom melancólico, acompanhadas por seu cavaco.

O samba-enredo, por sua vez, é resultado da necessidade de criar uma temática para que as escolas de samba pudessem competir de forma mais organizada e justa, com o samba e a performance em sincronia – embora seja regulamentado apenas em 1943. A agremiação Império Serrano foi uma das pioneiras na formatação do samba-enredo, o que gerou muito destaque para seus integrantes, como Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira.

Já o samba de morro evoca um contexto social, no qual os protagonistas são negros moradores dos morros cariocas. Ali, o samba surge como válvula de escape e lazer, tratando muitas vezes do cotidiano dos moradores, da miséria generalizada do local e da riqueza cultural. Cartola, embora conhecido também pelos sambas-canção, cantou o morro da Mangueira – onde viveu.

Para cada sub-gênero, um mestre:

Samba-canção

“Luz Negra” (Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso)

Samba-enredo

“Aquarela Brasileira” (Silas de Oliveira)

Samba de morro

“Alvorada” (Cartola)