O show de Paulo César Pinheiro e Eduardo Gudin

Noite de 19 de Julho de 2014. Sesc Vila Mariana, espetáculo "Parceiros dos Parceiros", com Paulo César Pinheiro e Eduardo Gudin e os convidados Roberto Riberti, Mário Gil, Ilana Volcov e Renato Braz.

Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro têm mais de 100 músicas juntos

Paulo César Pinheiro abre o show declamando o poema autoral “Parceria”. Em um dos seus trechos diz que:

“É uma amizade que se faz um dia
E que não rompe por qualquer besteira
É o desejo ardente da Poesia
Que vai pra cama como a Melodia
Deixando frutos pela vida inteira”

Em alguns minutos no palco já se ouvem os primeiros aplausos, a emoção com a presença do mestre diante do público e a sua voz marcante. Extasiadas, as pessoas não reagem.

O show continua e Paulinho – apelido para os mais íntimos – conta de sua parceria com Gudin desde a década de 1960. Começa com “Olha quem chega”, música gravada no disco de Elizeth Cardoso.

Primeiro convidado a subir ao palco, Mário Gil conta que certa vez estava dormindo e às 4h da manhã o telefone toca. Ao atender, ouve: “É o Paulinho Pinheiro, a música está pronta”. Mário Gil mostra sua alegria ao lembrar deste momento e diz que o único problema é conseguir chamar o mestre de “Paulinho”. A música “Outro Quilombo”, parceria da velha e da nova geração, inspirou o primeiro romance de Paulo César Pinheiro, “Pontal do Pilar”.

Segundo convidado a subir ao palco, Roberto Riberti. Parceiro de Gudin na música “Velho Ateu”, arrancando aplausos do público. A parceria dos dois começou bem e Riberti lembra que, certa vez, Paulo Vanzolini perguntou se essa música era em sua homenagem.

Em seguida, foi a vez de Ilana Volcov subir ao palco. Interpretou algumas músicas, entre elas “Paulista” e “Verde”. Último mas não menos importante, Renato Braz emociona o público cantando o “Cantos das três raças”, “Espelho” e “Lapinha”.

Foi um espetáculo emocionante com homenagens a bambas como Dorival Caymmi, Paulo Vanzolini, Mauro Duarte, Paulinho da Viola e músicas como “E lá se vão meus anéis”, “Velhice da Porta Bandeira”, “Maior é Deus” e “Chorei”. A música e a poesia mais uma vez fazendo a diferença.

Por Coletivo Arnesto