Papel que vira planta ganha mercado
Agora já é possível picar o convite e o envelope e, em vez de jogá-los no lixo, plantá-los. Deles vão brotar árvores, ervas medicinais, flores ou verduras. Como isso é possível? Com o papel semente, que está fincando suas raízes no mercado.
Na fabricação artesanal do negócio social Papel Semente, a doação de aparas de escolas, bancos e órgãos públicos vira uma massa de celulose, recebe sementes e ganha forma em diversos produtos sustentáveis: cartões de visita, crachás para eventos, convites, embalagens, envelopes, etiquetas e marcadores de livros, que podem ser plantados em até seis meses.
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Mas nem toda semente pode ser misturada ao papel, afirma Andréa Carvalho, sócia-fundadora. Só as mais resistentes e as pequenas – as grandes deixam a folha muito granulada e dificultam a impressão. Na água, a germinação acontece em sete dias; na terra, em até 30 dias.
No Brasil, as sementes mais utilizadas são as de agrião, boca-de-leão, cravinho, manjericão, mosquitinho branco, papoula e rúcula. E até de angico-vermelho, árvore da mata atlântica que pode chegar a 20 metros de altura!