Pesquisa mostra nível de infestação por Aedes aegypti nos bairros de SP
Prefeitura de São Paulo estima 250 mil casos de dengue em 2016
Um levantamento feito pelo Fiquem Sabendo, com base em dados da Secretaria Municipal da Saúde, apontou o nível de infestação do mosquito transmissor do vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela nos bairros da cidade de São Paulo. Os números, de outubro de 2015, são os mais atualizados disponíveis.
Jaraguá, na zona norte, é o bairro da capital paulista com maior nível de infestação por Aedes aegypti. O índice de Breteau (número de recipientes com larvas de Aedes aegypti para cada 100 imóveis visitados) no local é 1,384.
Segundo informações da Prefeitura de São Paulo, em outubro, 43 dos 96 distritos da cidade de São Paulo registraram índices de Breteau maiores do que zero. Isso quer dizer que foram encontradas criadouros do mosquito em 45% dos bairros paulistanos.
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Os dados acima representam uma piora em relação ao cenário registrado no ano anterior: em outubro de 2014, 33 distritos da cidade registraram índices de Breteau acima de zero.
A Secretaria Municipal da Saúde informou que os índices menores que 1 são satisfatórios; de 1 a 3,9 são considerados alerta e acima de 3,9 são de risco. Veja na lista abaixo o índice de Breteau de todos os distritos da cidade:
Prefeitura estima 250 mil casos de dengue em 2016
A gestão do prefeito Fernando Haddad anunciou, no fim de 2015, que projeta para este ano a ocorrência de 250 mil casos de dengue na cidade de São Paulo. Isso representa mais do que o dobro dos cerca de 100 mil casos registrados no ano passado.
Na avaliação da prefeitura, esse aumento se deve a uma combinação de fatores, como o aumento das temperaturas médias na cidade e o fato de haver um número alto de paulistanos que nunca pegaram dengue e, por isso, são mais vulneráveis à doença.
Microcefalia: Brasil contabiliza 3.893 casos desde outubro
Entre 22 de outubro de 2015 e 16 de janeiro deste ano, foram notificados 3.893 casos de microcefalia em 764 municípios, distribuídos em 21 estados do país.
Até a divulgação do último boletim pelo Ministério da Saúde, no dia 20 de janeiro, 49 mortes provocadas pela malformação haviam sido registradas. Em seis delas, houve relação com o zika vírus.