Por um mundo ‘Copenhaguizado’!

Você ama a Europa, ai o seu sonho é viver numa cidade com praças, prédios cheios de história, parques lindos para fazer pic-nic no verão e ruas estreitas cheias de lojinhas com muito charme. Ai, somado a isso, nessa cidade você pode trocar tranquilamente seu carro por uma bicicleta, porque ela tem uma ciclovia extensa, tem também um transporte público de qualidade, além disso ela é líder mundial em alimentos orgânicos, é uma das cidades mais verdes do planeta com uma arquitetura incrível que une traços contemporâneos e sustentabilidade, tem canais super tratados onde se pode nadar e praticar esportes, e lá a relação entre as pessoas parte do pressuposto que você é honesto –então, não precisa ter catraca no metrô, porque é óbvio que você vai comprar o bilhete, no café da manhã do hotel não é preciso dar o número do seu quarto, porque é claro que se você está lá é porque pagou por aquilo…enfim, resumindo, em 2008 a Monocle, uma das revistas mais conceituadas, nomeou essa cidade como a mais bem planejada do mundo. BEM-VINDO A COPENHAGUE!!

Se não fosse o frio..seria perfeita!!!

Copenhague não foi um destino que planejamos visitar com antecedência, não estava na nossa lista de sonhos, mas um amigo veio para Londres e nos convenceu a ir com ele para lá. Se a cidade fosse desinteressante, no mínimo seria divertido só por estarmos entre amigos. Só que não foi isso que aconteceu…ver um lugar tão diferente do que eu vim e também dos outros lugares que andamos por aqui na Europa, foi bem legal!!

Ficamos num hotel super perto da Estação Central, fácil de ir para qualquer canto. Ele era um mix de hotel, com clube, com galeria de arte, com vila alemã…sei lá, era esquisito, mas era bom..rsrs (DGI BYENS HOTEL).

Essa aqui era a cara dele…falei que é estranho!

Esse aqui é o restaurante do hotel…achei tão escandinavo..rsrs Arquitetura sustentável + design….

obs: acabei com o estoque de um pão que eles serviam lá…inclusive a cidade inteira é cheia de cafés e padarias deliciosas.

Essa aqui é a Estação Central. Daqui saem os trens para o aeroporto…por isso, foi ótimo ficar por perto.

 

Decidimos começar a conhecer a cidade fazendo um passeio de barco pelos canais. Pagamos 75 coroas dinarmaquesas (DKK 75), o que dá quase R$ 40,00 por pessoa – pois é, a cidade não é barata!

O lugar de pegar o barco é bem perto de alguns pontos turísticos da cidade como o complexo de palácios Amalienborg e a antiga bolsa de valores – respectivamente abaixo.

A antiga bolsa de valores foi contruída entre 1619 e 1640, repare na arquitetura curiosa da sua torre que é formada pela união das caudas de quatro dragões.

Copenhague tem preservados poucos edifícios da época medieval, já que a cidade foi devastada por três grandes incêndios entre 1770 e 1800.

Logo no começo do passeio, você já nota que Copenhague é diferente. Ela tem a arquitetura antiga – que é linda, mas tem também o moderno…que é impressionante! Tem momentos que parece que você está numa cidade cenográfica de tão perfeito que é tudo por ali. O centro antigo é mais parecido com o que estamos acostumados a ver…inclusive estava tendo um evento turco e tudo estava bem sujo por lá…tipo fim de feira, mas OK…foquei na parte bonita!

Esse é o prédio do Teatro Real de Copenhague (Royal Danish Playhouse)…lindo de ver. Uma caixa de vidro que reflete a cor da água, com um deck delícia onde a galera fica  lagartixando quando tem um solzinho.

Abaixo é o Opera House, inaugurada em 2005, ela é uma das mais modernas e bem equipadas casas de ópera do mundo. Foi um presente de uma magnata para o seu país.

Outro prédio moderno que encontramos no nossa caminho é a Biblioteca Real, inaugurada em 1999. Conhecida como Diamante Negro, por causa dos mármores negros trazidos do Zimbabwe, o prédio é a continuação da antiga biblioteca….é a perfeita união do antigo e do moderno.

Os predinhos residenciais que beiram os canais são a cara da arquitetura dinamarquesa…para quem curte arquitetura, como eu, o passeio por eles é uma delícia.

 
 
 
 

Essas casinhas eram usadas no passado para guardar os barcos de guerra…

De longe, a praça Amaliehaven e a Igreja de Mármore.

 
 

Tão legal ver as pessoas fazendo pic-nics nos canais….a galera curte mesmo. Dia de sol, todos para os seus barquinhos ou pedaços de madeira com sofá – caso deste abaixo.

 
 
  
 

Continuando nosso passeio pela cidade, só que agora em terra firme.

Além dos prédios, dos mobiliários, dos acessórios para casa…Copenhague também é design no parquinho.

 
 

Por toda parte é possível encontrar uma lojinha de coisas fofas para casa…eu pirei!!

 
  
 

Copenhague e bicicleta é quase que uma palavra só…uma não vive sem a outra – e isso é quase o mais encantador da cidade. Claro…que eles têm bicicletas com design…lojas e mais lojas cheias de magrelas estilosas.

 

Final de semana pela Europa é dia de feirinha de rua…aqui não é diferente!

Dica do dia..rsrs…não se pode viajar pela Europa sem uma caneta, dessas que escrevem em tudo, e uma cadeado…sempre terá uma parede liberada para deixar a sua marca ou uma ponte cheia de cadeados para uma jura de amor de casais apaixonados. Claro que eu nunca tenho nem uma coisa nem outra, por isso, fica a dica!

Um dos lugares mais turísticos de Copenhague é o Nyhavn, conhecido como Porto Novo. O lugar era no passado a parte feia da cidade, mas foi revitalizado e as suas casinhas transformadas em restaurantes e bares.

Foi aqui que paramos para almoçar e tomar uma cervejinha local.

 
 

Foi aqui também que encontramos o primeiro casal de noivos que vimos na cidade…isso dá sorte, gente!!

Continuando o nosso passeio..chegamos na Igreja de Mármore…linda por fora e por dentro. Sua construção foi iniciada em 1749 e finalizada apenas em 1894,  por esse motivo a ideia original de contruí-la todinha de mármore acabou não se concretizando.

 
 

Aqui já estávamos no Amelienborg..que é uma grande praça rodeada por quatro palácios exatamente iguais – residência de inverno da família real. No centro, uma estátua do rei Frederik V, que foi quem mandou contruir os palácios. O local se tornou a residência real após o incêndio em Christianborg

 

E no meio do caminho…mais noivos, lindos por sinal….pareciam de revista!

 

Essa é a fonte da Deusa Gefion, de 1908, que representa a lenda da criação da ilha. A deusa transformou seus filhos em touros e foi trazendo terras vizinhas até formar a ilha. A fonte fica no parque Langelinie..que é um fofo.

 

PAUSA PARA O DESIGN ESCANDINAVO!!

Amo arquitetura, design e decorção…trabalhei muito tempo com essa área no jornalismo, por esse motivo, fiz questão de conhecer o Museu do Design da Dinamarca – assumo que foi um pouco decepcionante…saímos procurando uma escada ou outra sala, sei lá…queríamos mais.

O design escandinavo é muito famoso pela sua simplicidade, beleza e praticidade…por aqui, existem grandes representantes dessa área – Hans Wegner, Arne Jacobsen e Verner Panton são alguns exemplos de designers dinamarqueses que fizeram história.

Já que a Escandinávia é composta só por países com inverno bem rigoroso, esses povos tendem a ficar muito em casa e por esse motivo desenvolveram uma habilidade para criar móveis aconchegantes que unem a funcionalidade orgânica, com conforto e linhas modernas. EU, PARTICULARMENTE, AMO!

 
 
 
 

PARA TUDO E VEM VER O NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO DESSE LUGAR! CHRISTIANIA É IMPERDÍVEL.

Christiania é um bairro hippie – meio que anarquista, quase que um lugar separado da cidade, inclusive com leis próprias  –  ninguém paga impostos por lá . A região era um antigo quartel abandonado e em 1971 começou a ser ocupado.

Christiania foi criada para ser uma cidade livre, o que acabou fazendo com que o governo reconhecesse a área como uma experiência social – e é bem isso que acontece por lá. Por ser uma área onde tudo é liberado…você vê tudo quanto é usuário de drogas…apesar do colorido das casas e do som alegre do reggae, achei o clima pesado.

A ideia de ser uma comunidade auto-sustentável, onde todos são iguais e livres para fazer o que quiserem é linda….mas  acho que realmente o ser humano não sabe viver em total liberdade…vira desordem.

Lá, é proibido fazer fotos…por esse motivo, só tiramos na entrada e na saída.

 

Abaixo a placa com as três leis básicas:

*Divertir-se,

*Não correr para não causar pânico (essa é a melhor..rs),

*Não tirar fotos.

 
 

Quando anoiteceu saimos para jantar e dar uma voltinha. A cidade não é tão bonita a noite…nada de iluminação nos pontos turísticos…então acabamos indo dormir cedo.

Jantamos num restaurante vietnamita…e ai eu realmente comprovei que não sou muito fã dessa culinária. Os meninos amaram…para quem gosta, é uma boa pedida (Restaurante Lêlê).

 
 
 
 

O Tivoli é um das atrações mais famosas da cidade. É o segundo parque de diversões mais antigo da Europa, de 1843…não posso falar muito dele, porque não o conheci. Pois é, havíamos combinado de ir no dia seguinte, mas fui voto vencido e acabamos trocando o passeio por uma degustação de cerveja – foi bem boa também, não posso reclamar.

No dia seguinte, tudo o que queríamos era uma bike para rodar pela cidade que é toda de ciclovia. Fomos atrás de uma estaçãozinha de bike. Cara, a bike tinha tipo um computador de bordo com GPS e além disso era elétrica…muito amor por ela! Pagamos 25 coroas dinamarquesas a hora, o que dá uns R$10.

 
 

O intuito era rodar mais pela cidade e voltar em alguns lugares que havíamos passado de barco.

Foi em 1910 que as ciclovias começaram a ser feitas aqui em Copenhague. Hoje, 36% da população faz uso delas no dia-a-dia para ir trabalhar e fazer outras atividades. Isso que é vida!

 
 
 

Essa é a entrada principal do Christianborg onde ficava o antigo palácio real. Hoje, ali ficam os três poderes da Dinamarca – executivo, judiciário e legislativo.

 
 
 
 

Voltamos para o parque Langelinie que tem a fonte da Deusa Gefion..na verdade, ele é caminho para a estátua da Pequena Sereia, um símbolo da cidade.

A estátua da pequena sereia é uma homenagem ao escritor dinamarquês de contos infantis Hans Christian Andersen. Ele também escreveu contos como: “O Patinho Feio”, “O Soldadinho de Chumbo”, “A Polegarzinha”, entre outros.

Ai você chega na estátua e não consegue tirar nenhuma foto da moça sozinha…muito concorrida.

 
 

Já na reta final do nosso passeio, paramos no Rosenborg Slot (Palácio das Rosas), que era o palácio de verão da família real. Hoje funciona um museu e em volta tem um parque delícia.

 

Fomos conhecer também a Rundtaarn (Torre Redonda). Construída no século 17, ela tem uma vista bem legal de toda cidade.

A subida é toda feita por uma rampa…e nessa rampa rolam competições de bicicleta durante o ano…

 
 

Aqui está o motivo do meu não passeio pelo Tivoli…degustação de cerveja na despedida.

Foi uma delícia.

 

Foi bem gostosa a viagem…super recomendo. Vale para ver como as coisas funcionam de um jeito diferente por lá.

Próxima parada: Miami!!! Pois é, mudamos a rota….mini férias da Europa. Caso tenham dicas, são super bem-vindas…não conheço essas terras..rs

Caso queira ver esse e outros posts na íntegra entre em www.caseimudei.com

Curta o Casei Mudei no Facebook  e no Instagram.  Acompanhe todas as nossas atualizações!