‘Rio de crochê’ no Largo do Arouche relembra antigos riachos e córregos soterrados em SP
Intervenção relembra antiga malha de córregos e riachos que existiam na cidade e "ressurgem" nos dias de chuva
Itororó, Bixiga e Saracura são os nomes de apenas três dos 300 cursos d’água soterrados por ruas e avenidas na cidade de São Paulo. Para criar um diálogo com a antiga malha de córregos e riachos da cidade, o Coletivo Agulha inaugura no dia 4 de junho uma intervenção no Largo do Arouche, a partir das 11h, feita de um rio com mais de 20 metros, cachoeira e um painel de 5 metros de faixas em vasos e postes.
A intervenção será realizada próxima do córrego Anhanguera, um dos muitos rios da cidade encobertos pelo concreto – que, hoje, nos dias de chuva ressurge em forma de alagamento e caos em meio ao cento da maior cidade da América Latina. O projeto permitirá a interação dos visitantes através dos adereço e do cenário.
Linha, agulha e a cidade
- Exposições no Rio de Janeiro: descubra as melhores opções
- Shopping promove tour guiado sobre a história negra em SP
- ‘Ocupação’ da artista Cristina Suzuki no Paço de Santo André termina neste sábado
- Sítio Arqueológico é encontrado no Bixiga em construção do metrô em SP
Criado no início de 2014, o coletivo Agulha partiu para as ruas levando em conta dois nortes para suas ações: o crochê como ferramenta e a cidade como tema. Em sua terceira intervenção, no ano passado, o grupo ocupou o Largo da Batata com bolas e tripas de crochê e, em novembro, deram vida a um parque no Minhocão.
Formado por 12 pessoas aproximadamente, o coletivo conta com a ajuda de voluntários durante as ações. E para quem quiser participar projeto, é só chegar nos encontros do grupo que acontece aos domingos na Praça Buenos Aires.