Ronda, ‘a pérola’ dos pueblos blancos

Os pueblos blancos são de origem muçulmana que formaram aldeias e cidades no meio das montanhas da Andaluzia. Os Pueblos Blancos de Ronda são os mais conhecidos de toda a região.

 
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Ronda é uma das cidades mais antigas da Espanha e faz parte da rota dos Pueblos Blancos, pequenos vilarejos espalhados nas províncias de Málaga e Cádiz, na Andaluzia. A sua maior atração, sem dúvida, é a localização espetacular, em cima de um penhasco, às margens de um desfiladeiro, o “el Tajo de Ronda”, que a divide em duas partes: a antiga Vila Árabe, chamada La Ciudad, ao sul; e a “nova” aldeia, chamada El Mercadillo. Vila Árabe, chamada La Ciudad, ao sul; e a “nova” aldeia, chamada El Mercadillo.

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Ronda é daquelas cidades que no primeiro momento você se pergunta:

Será que valeu a pena andar tanto para chegar aqui?

Saindo de Marbella ou Puerto Banús (existem outras rotas), siga pela AP-7 até San Pedro Alcántara e faça o contorno na “rotunda” e siga em direção a A-397.

Pela A-397 a paisagem é fabulosa! Até Ronda leva-se em média 1h20min, mas a paisagem compensa.

Apesar de sinuosa, a estrada é muito bem conservada e há acostamentos ao longo da via com miradouros fantásticos.

Em Arroyo del Muerto, um pequeno vilarejo, as montanhas da Andaluzia começam a mostrar todo seu esplendor. Mais alguns quilômetros à frente tem uma paragem para se tomar fôlego e seguir para Ronda.

A Bodega Fabrica de Piel serve um bom café e sua decoração é rustica e elegante.

Continue por mais 40 minutos pela A-397 (Contrera de Ronda) até o entroncamento com a A-6300 que leva até o centro histórico de Ronda, sempre apreciando a linda paisagem dos conjuntos montanhosos que formam as Sierras de las Nieves da Andaluzia.

A caminho de Ronda[/img]

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Iglesia Convento La Merced[/img]
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O CARTÃO POSTAL

O cartão postal de Ronda sem nenhuma dúvida é o El Tajo que surpreende pela sua imponência. Os cânions que se formaram a milhares de anos já presenciaram conflitos, guerras e busca pelo poder da região.

O El Tajo de Ronda é um desfiladeiro onde se ergue a cidade. O desfiladeiro esculpido pelo rio Guadalevín com cerca de 500 metros de comprimento e 100 metros de profundidade possui uma grande escarpa que se abre para “La Caldera”, uma grande área circular com a melhor vista das montanhas da Sierra de las Nieves.

Para melhor visualização do El Tajo existem algumas trilhas onde permitirão as melhores fotografias do grande cânion que a natureza esculpiu.

Talvez a melhor destas trilhas seja a que se toma na Plaza María Auxiliadora. Pela rua que vai até esta praça existem várias atrações e o destaque fica para Casa di Don Bosco (San Juan Bosco), um palacete modernista construído no início do século 20. A casa está localizada na “Cornija” do El Tajo no coração histórico de Ronda. Ele pertencia à família Granada, que lhe deu a última vontade de a Congregação Salesiana como casa de repouso para sacerdotes idosos e doentes da ordem.

A casa preserva um belo pátio decorado com azulejos mouros e uma coleção completa de cerâmicas regionais. Temos que destacar as tapeçarias do século 19 e mobiliário em madeira de nogueira.

El Tajo | www.malaparadois.com – Dicas de Viagens & Lifestyle em um único site![/img]

Os jardins têm um grande interesse devido à sua localização, torna-se uma varanda real da Serrania. O ingresso custa € 1,50.
Na Plaza María Auxiliadora você verá uma pequena rua à direita onde levará os visitantes para as trilhas de observação do El Tajo e o Rio Guadalevín.
Do lado oposto, a melhor vista do El Tajo fica por conta do Mirante de Aldehuela e de La Casa del Rey Moro.

 
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A La Casa del Rey Moro, até certo ponto é uma “mentira” pois ali nunca foi uma casa real e muito menos de um rei mouro. A casa foi construída em sua plenitude no século XVIII, como dizem, e outras casas quando a Espanha foi invadida pelos mouros. Seus jardins “mouros” são ainda mais “jovens”, Tendo sido projetado pelo paisagista francês, Jean Claude Forestier, em 1912.

No Século XIV, quando Ronda estava continuamente na linha de fogo entre os mouros de Granada e os cristãos de Sevilha, foi frequentemente assediada e o alvo principal era o abastecimento de água para os exércitos, tendo sido construída La Mina del Moro, uma gruta escura e íngreme que permitia a utilização da água do rio em segurança, construção ordenada pelo rei mouro de Ronda, Abomelik.

A escadaria esculpida na rocha teve restauração em 1911 e originalmente haviam 365 degraus, hoje, misteriosamente tem menos de 300.

Descemos a escadaria até a gruta onde se observa a magnitude do El Tajo e o rio Guadalevín. Confessamos que é uma descida e subida cansativa, com pouca iluminação e talvez o esforço nem valha tanto a pena assim.

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La Casa del Rey Moro – Los Jardines | www.malaparadois.com – Dicas de Viagens & Lifestyle em um único site![/img]

Outro ponto forte é o Hotel Parador de Ronda. Neste hotel existe uma descida (são pagos € 2) na sua lateral que permite o visitante admirar de mais perto os pilares da Puente Nueva e seu interior. Na parte de traz do hotel o miradouro permite ótimas vistas panorâmicas da região.

O Paseo Blas Infante é um belo parque que deve ser visitado em sua temporada em Ronda, até mesmo para amenizar o calor que a cidade faz no verão.

Seguindo pela Calle Virgin de la Paz surge a imponente Plaza de Toros de Ronda intitulada de Real Maestranza de Caballería de Ronda. Aqui nasceram as touradas da Andaluzia e até hoje o espetáculo atrai multidões.

O Centro do comercio de Ronda está a poucos metros da Plaza de Toros e tem seu ponto forte na Contrera espinel e ruas adjacentes.

A Plaza del Socorro em frente a Iglesia de Nuestra Señora del Socorro possui diversos bares e restaurantes.

Ronda possui uma boa variedade de hotéis e hospedarias, mas apenas 19 destes estabelecimentos possuem “estrelas”.

Ronda não é daquelas cidades onde há diversas opções de lazer. Para quem vai desacompanhado, não reserve mais que duas noites para conhecer a cidade.

Para os casais, é uma ótima opção para aproveitar a tranquilidade que paira pelo local.

Se a opção de visitar Ronda for passar alguns dias por lá, escolha datas festivas, onde a variedade de festas “populares” podem ser a opção do que ter a fazer além das paisagens e história.

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Paseo Blas Infante – Miradouro[/img]

 
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Nossa Dica – Se for visitar Ronda evite o verão e o outono. No verão o calor por lá é quase insuportável! Faz mais de 40°C à sombra e com baixa humidade relativa, o que faz os visitantes sofrerem muito. Busque ir na primavera, a melhor estação para visitar algumas cidades da Andaluzia, pois não está nem muito quente e nem frio. Já no outono tem muita incidência de chuva, o que impossibilitaria a visita a maior parte das atrações e no inverno pode ser bem frio, mas suportável. Saiba mais sobre Ronda em www.malaparadois.com

“Às vezes o que falta para alguém viajar é uma boa dica e uma boa história”

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