Rota inca é declarada Patrimônio da Humanidade
Por Eduardo Vessoni, do blog Viagem em Pauta
O sistema viário andino pré-hispânico Qhapaq Ñan, coluna vertebral do poder político e econômico do Império inca, foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, uma iniciativa em conjunto entre países sul-americanos como a Argentina, Peru, Bolívia, Chile, Colômbia e Equador.
Só em território argentino, a rota cruza as províncias de Catamarca, Jujuy, La Rioja, Mendoza, San Juan, Salta e Tucumán, e se estende por quase 119 km.
Construído durante vários séculos pelos incas para facilitar as comunicações, os transportes e o comércio, além de ter fins defensivos na região, Qhapaq Ñan significa na língua quéchua “caminho (ñan) principal (qhapaq)”.
A antiga rota de 40 mil km de extensão, conhecida também como “Camino Principal Andino”, estende-se, atualmente, por 23 mil quilômetros e abriga 310 pontos arqueológicos.
A ideia de consolidá-lo surgiu em 2002 com uma proposta de integração dos países, visando investigar, reconhecer o valor patrimonial e conservar este itinerário cultural.
O título é considerado inédito, já que nunca antes um grupo de nações do continente havia apresentado para a Unesco um expediente conjunto com um patrimônio compartilhado. A candidatura recebeu a aprovação unânime de todo o comitê da Unesco.
Um dos destaques da rota no trecho argentino é Puente del Inca, Monumento Natural conhecido pelo processo geológico em que as águas termais e os sais minerais petrificam e colorem qualquer objeto colocado em seu interior.
Localizado em Mendoza, esse povoado andino foi arrasado, em 1965, por uma avalanche.
Por Eduardo Vessoni, do blog Viagem em Pauta