Roubos de bicicletas cometidos por menores aumentam 89% em 2 anos
O número de bicicletas furtadas ou roubadas por adolescentes na cidade de São Paulo cresceu 89% entre janeiro a maio de 2014 e o mesmo período deste ano. Houve, em dois anos, um aumento de 63 para 119 casos no período.
Isso significa dizer que, neste ano, em média, cinco bicicletas foram furtadas ou roubadas por menores a cada semana.
É o que aponta levantamento feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, do governo Geraldo Alckmin (PSDB), obtidos por meio da Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).
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De acordo com as informações disponibilizadas pela Secretaria da Segurança Pública, de 2014 para cá, a quantidade de roubos e furtos de bicicletas que contaram com a participação de menores cresceu progressivamente a cada acumulado de janeiro e maio (veja no infográfico abaixo).
Entre janeiro e maio deste ano, os furtos de bicicletas na cidade de São Paulo cresceram 17% na comparação com o mesmo período de 2015; os roubos de bickes aumentaram 27% no comparativo, conforme revelou reportagem do Fiquem Sabendo publicada no dia 1º deste mês. Esses índices abrangem tanto os atos infracionais cometidos por adolescentes quanto os crimes praticados por adultos.
“Um deles devia ter uns 9 anos”, diz publicitária roubada em Higienópolis
“Eram crianças. Um deles devia ter uns nove anos. Os outros dois também eram muito novos.” Essa é descrição que a publicitária Vanessa Tordino, 42 anos, faz do trio que tomou a sua bicicleta de assalto quando ela voltava do trabalho, na noite do dia 8 de abril deste ano, na região de Higienópolis, região central de São Paulo.
Ela mora no bairro e trabalha na Vila Madalena, zona oeste. O crime ocorreu pouco depois das 20h.
Vanessa pedala regularmente desde 2010. Ela conta que, no início, a bike era uma opção de lazer. Depois, passou a ser o veículo utilizado no trajeto entre a casa e o trabalho.
Segundo a publicitária, a bicicleta levada pelos menores é elétrica e foi comprada, em 2010, por R$ 2.500.
Vanessa, que já foi vítima de outros cinco assaltos, disse que, desta vez, o fato que ela mais lamenta é não poder mais pedalar com o filho, Vittorio, de quatro ano, durante os fins de semana. “Isso é o que mais dói.”
Ela não vai deixar de pedalar em São Paulo por causa do assalto, porém, ainda não comprou uma nova bicicleta.