Saiba o que é o work exchange, uma maneira de viajar o mundo sem pagar por casa e alimentação
A Amanda Barbosa do blog Por Uma Vida Mais Rica decidiu mudar de vida para realizar o sonho de viajar o mundo por mais tempo. Mas para que isso fosse possível, ela encontrou no work exchange a solução para gastar menos em viagens e ainda viver experiências únicas. Abaixo ela conta como funciona e dá dicas, mostrando que você também pode fazer o mesmo!
Trabalhar em troca de alimentação e moradia. Esse é o conceito do work exchange, ou traduzindo, intercâmbio de trabalho. Uma maneira de se viajar gastando menos dinheiro e ainda aprender uma nova habilidade, praticar um idioma e conviver com os locais.
Em programas como o WWOOF, por exemplo, você pode encontrar fazendas orgânicas espalhadas no mundo inteiro, onde você pode trabalhar colhendo vegetais, plantando, tirando leite de animais, fazendo vinho… há uma infinidade de opções disponíveis, é só procurar a que mais se encaixa no que você gostaria de fazer.
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Mas além de fazendas orgânicas, é possível fazer muitas outras coisas, como trabalhar em hostels, em casa de pessoas ajudando em diversas tarefas como carpintaria, arquitetura, criar websites, além de reservas florestais, parques, e até mesmo barcos. Para essas opções existem os sites: Helpx, Worldpackers e Workaway.
Eu testei o site Helpx na Califórnia (veja como foi o meu dia a dia de trabalho aqui) e gostei, pois ele tem um leque bem grande de opções como as citadas acima, incluindo fazendas orgânicas ou não.
Ate agora, tive quatro experiências com esse tipo de turismo em diferentes lugares entre Inglaterra e Califórnia, sendo que três foram em fazendas e outra em uma fabrica de sidra. Todas as experiências foram engrandecedoras, pois além de conhecer uma nova cidade ou país, fazer amigos, ter uma visão diferente sobre uma cultura, aprender ou aperfeiçoar um idioma, é possível também aprender habilidades como cuidar da terra, tratar de animais, fazer bebidas, etc. Você fornece o seu trabalho e ainda aprende com ele!
Três dos quatro lugares que trabalhei foram por intermédio dos websites Helpx e WWOOF. Uma vez que você se cadastra no website, é possível encontrar na descrição de cada local todas as informações necessárias como tarefas a serem executadas, horas de trabalho, período mínimo e máximo de estadia, refeições, folgas, endereço, facilidades, etc. Além disso, é possível ler as avaliações dos voluntários anteriores sobre como foi a experiência. Por isso, se medo é o seu problema, essa é uma das maneiras mais eficazes de saber se o estabelecimento é um bom local para se trabalhar e se realmente cumpre com o que diz. E se ainda assim restar alguma dúvida, é possível entrar em contato com o responsável e pedir mais esclarecimentos.
Aqui estão as dúvidas mais frequentes e que podem te ajudar:
Carga horária
A média de trabalho varia de 3 a 8 horas por dia, sendo que locais com cargas horárias menores algumas vezes não oferecem alimentação completa, como em hostels por exemplo (geralmente apenas café da manhã). Porém, pode haver outros beneficios oferecidos como drinks e passeios de graça.
As folgas também variam, mas naqueles locais onde trabalha-se mais horas, geralmente as folgas são por dois dias, mas como tenho dito, as regras variam para cada estabelecimento.
Alojamento
Em todas as minha experiências, tive bons alojamentos. Na primeira, eu fiquei em uma espécie de celeiro e dividia o espaço com mais uma voluntária, e o banheiro era compartilhado com outros hospedes e voluntários da fazenda. Na segunda, eu fiquei sozinha em uma casa móvel (uma espécie de trailer) super bacana, com aquecedor, banheiro, cozinha e dois quartos. Já na terceira eu fiquei em uma das casas da comunidade da fazenda, com alguns outros moradores e o quarto era individual.
Esteja aberto ao que as pessoas tem a lhe oferecer, e lembre-se que nada será igual a cama e o travesseiro da sua casa.
Alimentação
Em alguns lugares, principalmente em fazendas orgânicas, podem ser oferecidas dietas específicas como a vegetariana, por exemplo, onde geralmente é possível ter acesso a essas informações no descritivo de cada local.
Em alguns dos locais, eu não precisei cozinhar, mas ajudava de alguma maneira na preparação da refeição, seja lavando a louça, picando vegetais, etc. Geralmente quando não se oferece a refeição pronta, há uma geladeira e um armário disponível para que você possa fazer sua própria comida.
Transporte:
O voluntário é responsável por comprar o seu próprio bilhete aéreo ou terrestre para chegar ao destino. No caso de locais de difícil acesso, a pessoa que está hospedando os voluntários geralmente os busca em alguma estação ou aeroporto a combinar.
Visto e documentação
É preciso verificar se o seu pais de destino aceita visto de turismo para esse tipo de trabalho, então, esteja atento a isso.
A maioria dos estabelecimentos que fazem work exchange não fornecem nenhum tipo de documento ou carta a ser apresentado na imigração, ou seja, você é responsável pela sua entrada no país.
Leia mais sobre a minha experiência na Inglaterra aqui nesse post.
Assista ao vídeo esclerecendo mais algumas questões sobre esse tipo de turismo, onde conto também como foi o balanço das minhas experiências.
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https://youtu.be/AREMHLsTAss