São Paulo cria dicionário de gírias para ajudar turistas na Copa
Conheça as características da linguagem de quem mora em Sampa
A SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos da Prefeitura de São Paulo, lançou um dicionário de “paulistanês” para ajudar os turistas que visitarão a cidade durante a Copa do Mundo.
Em linguagem bem-humorada, o dicionário traz gírias e expressões tipicamente paulistanas como “padoca”, “boiando”, “na faixa” e outros 150 verbetes essenciais até mesmo para o estrangeiro fluente em Português.
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Os verbetes vêm acompanhados de foto, além de tradução em inglês e áudio, e exemplos de uso em situações do cotidiano informal.
A maioria dos vocabulários do paulistano é proveniente da diversidade cultural e de costumes encontrados na cidade, conhecida pela característica cosmopolita. Há influência dos quatro cantos do Brasil e do mundo, como o “bafão” originário do francês “basfond”, o “best” do inglês “best-friend” ou o “C” do português “vossa mercê”.
Balaio linguístico
Assim como em outras cidades brasileiras a “carne seca” é chamada de “charque” ou “jabá”, em São Paulo é possível aprender o significado de palavras como “sinal”, que vira “farol” para indicar a sinalização de trânsito, o “meio-fio” ou também “guia” da calçada, e o “totó”, clássico jogo de futebol de mesa apelidado de “pebolim” em paulistanês, entre outras.
Na seção de “Gastronomia”, os curiosos poderão descobrir como é chamado, em São Paulo, uma bergamota, um pão com manteiga ou assado no forno.
O leitor também vai saborear o significado de “geladinho” (o chupe-chupe) e compreender o que é comer um “virado à paulista”, uma “mistura” ou tomar um “pingado”.
Além de um glossário completo da linguagem “paulistânica” e de um rico cardápio gastronômico, há também algumas regras ortográficas e fonéticas em “Mania de Paulistano”. Um exemplo é o fenômeno da supressão do “r” em verbos no infinitivo, como “eliminá” em vez de “eliminar”, ou ainda expressões tradicionais com discordância verbal, como visto na célebre frase “um chopps e dois pastel”.
Os diferentes sotaques da capital, como o italiano do bairro do Bixiga, o sírio-libanês da região da 25 de Março, o coreano do Bom Retiro ou o boliviano do Pari, entre outros, não poderiam estar de fora e podem ser encontrados em “Dialetos da Cidade”.
O “Dicionário de Paulistanês” está disponível no site: cidadedesaopaulo.com/paulistanes