Secretaria de Cultura ‘abraça’ o Manifesto Carnavalista e apoia blocos de rua

Na manhã de ontem, 24, representantes do Manifesto Carnavalista estiveram com o novo secretário de cultura de São Paulo, Juca Ferreira. A organização considerou o encontro um momento histórico. “Os caminhos para o Carnaval de Rua de São Paulo estão se abrindo”, comemoram.

Em nota, a Secretaria de Cultura afirmou que “reconhece a legitimidade do Carnaval de rua como importante forma de expressão cultural e ocupação do espaço público da cidade”.

A prefeitura prometeu apoiar os desfiles dos blocos de rua independentes, que têm tido dificuldade para conseguir autorização das subprefeituras. No ano passado, o cordão do Kolombolo, da Vila Madalena, foi interrompido pela polícia. Em 2012, o bloco do Baixo Augusta acabou “ilhado” num estacionamento porque a CET não liberou o trajeto proposto pelo grupo.

Em nota, a Secretaria de Cultura afirmou que “reconhece a legitimidade do Carnaval de rua como importante forma de expressão cultural e ocupação do espaço público da cidade”. De acordo com integrantes dos blocos que estiveram na reunião, a prefeitura se comprometeu a oferecer apoio da CET, a reforçar a limpeza das ruas após a passagem dos foliões e em alguns casos, disponibilizar banheiros químicos e ambulâncias.

Pelo direito à folia

As manifestações carnavalescas de bairro em São Paulo cresceram muito nos últimos anos, mas os novos grupos não encontram suporte e orientação dos órgãos competentes. Eles enfrentam problemas que grupos tradicionais sofriam antigamente, como boicote, repressão e falta de estrutura.

Tendo isso em vista, um grupo formado por blocos e cordões carnavalescos da cidade, além de outras organizações da sociedade civil favoráveis ao tema, lançou o Manifesto Carnavalista. Depois do cortejo no dia 15 de dezembro de 2012, o documento começou a ganhar força e novos adeptos.

O documento traz cinco reivindicações principais: direito à alegria; direito à folia; valorização e afirmação da tradição cultural paulistana; ocupação do espaço público como exercício da cidadania; e identificação do potencial econômico do carnaval de rua.

Mais informações podem ser obtidas na página oficial do Manifesto no Facebook.

Confira o texto do Manifesto.

Por Redação