Tibete, o topo do mundo

Por: Catraca Livre
wp-image-808154 size-full
Monte Everest[/img]

Além disso, a delicada situação política do Tibete também requer alguns cuidados e discrição, nada que apague o brilho de um povo maravilhoso e único.

 

Começamos nossa viagem em Lhasa, uma cidade grande e cheia de contrastes, localizada no coração do território tibetano. Um dos mais importantes símbolos da cidade é, sem dúvida nenhuma o Palácio Potala, patrimônio da Unesco desde 1994.

 

Depois de subir os 2.000 degraus do palácio, a vista das montanhas e do centro da cidade é uma recompensa.

 

Outro lugar incrível é o Monastério Sera, que em tibetano significa rosa selvagem.

 

O Sera é considerado uma ‘universidade’ para os monges, e milhares deles foram formados ali. Hoje em dia restaram apenas poucas centenas, que promovem diariamente um ‘debate’, processo de aprendizado da filosofia budista.

 

Durante os debates, realizados ao ar livre, aprendizes e mestres trocam desafios sobre passagens das escrituras, em um ritual seguido por todos os monges: Primeiro giram o rosário de orações envolto no braço, e batem palmas e o pé durante uma indagação. Ao fazer uma pergunta, a resposta deve ser imediata, sem tempo pra pensar.

 

A força e resistência do povo tibetano só não é maior que sua fé. O budismo é um pilar importantíssimo na sociedade tibetana, tanto que consegue ultrapassar a questão religiosa. As pessoas não têm fé, elas são a fé. Acho que foi uma das lições mais bonitas e profundas que aprendi sobre o Tibete e os tibetanos, e acredito que é isso deve ser preservado.

 

 Centenas de tibetanos percorrem diariamente os chamados ‘koras’, circuitos que circulam os grandes templos e monastérios budistas como o Potala, o monastério Sera e o Jokhang, rezando por uma vida longa e o retorno da sua Santidade o Dalai Lama.

 

É muito comum ver algumas pessoas, percorrendo os koras em prostração. Impressionante!

 
 

As ruelas da cidade antiga, os peregrinos e suas rodas de oração, as crianças sorridentes, e o barulho das bicicletas, carros e rickshaws são marcas que carrego e sinto frescas em mim toda vez que penso em Lhasa, e como foi viver tão intensamente aquela realidade.

 

De Lhasa fomos até Shigatse –rumo ao oeste–, segunda maior cidade tibetana, muito usada como base para as viagens até o acampamento base do monte Everest, passando pelo incrível lago Yamdro Tso.

 

A viagem continuou por Gyantse, considerada antigamente como a terceira cidade tibetana, de grande importância para os budistas tibetanos em especial pela grande stupa octagonal chamada Kumbum, construída em 1427.

 

Depois subimos até o acampamento base do Everest, pico mais alto do planeta, 8.848 metros acima do nível do mar, percorrendo um longo, sinuoso e sinistro caminho.

 

Porém, toda a tensão e preocupação sumiram quando chegamos a tempo de assistir ao sol se pôr sobre os Himalaias.

Foi algo inexplicável!

 

Estávamos diante da maior cadeia de montanhas do mundo, do topo do mundo. O monte Everest, ou Qomolangma –mãe do mundo–, como chamam os tibetanos, tem o pico mais alto do mundo, 8,848 metros acima do nível do mar.

 

Com certeza, uma das experiências mais incríveis da minha vida. Leia todos os três artigos sobre a viagem ao Tibet no blog Tô Pensando em Viajar.  Acompanhe nossas aventuras em tempo real através do Facebook e Instagram.