Tudo que eu queria ter ouvido antes da minha primeira viagem
Tudo que você precisa saber antes de fazer sua primeira viagem, comece por aqui.
Todo mundo que vai viajar fica pensando em tanta coisa que às vezes um detalhe fundamental passa despercebido.
Quem vai fazer intercâmbio então fica mais perdido, pensando nas viagens que virão, na vida lá fora, na adaptação ao país, documentação, idioma…enfim, são tantas coisas que a gente tem que se preocupar, que acaba nem vendo o tempo passar, e aí, quando a gente vê, já acabou!
Sempre tem aquela coisa que a gente deixa passar, e quanto tudo acaba, a gente pensa: Devia ter feito isso! Não devia ter feito aquilo!
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Juliana Arthuso, autora do blog Virando Gringa, fez quatro intercâmbios durante a faculdade, todos com bolsa de estudos, e vem contar pra gente o que ela queria que alguém tivesse contado pra ela antes de viajar!
1 – Perca a vergonha na cara
Isso pode te salvar de muitos perrengues. Pode criar perrengues e te render histórias ótimas. E te trazer lembranças pra vida toda.
Afinal, você já está em outro país. Ninguém te conhece mesmo! Seus pais, seus amigos, o pessoal do seu trabalho…TODO MUNDO está BEM longe! Porque se preocupar com o que os outros vão pensar?
A falta de vergonha na cara pode te salvar de muita coisa. Por exemplo, se você está perdido na neve numa montanha entre a República Tcheca e a Polônia, e se perdeu na trilha…Você não pode ter vergonha de sair gritando socorro em todos os idiomas que você conhecer, porque afinal, ali, “ou você perde a vergonha ou você perde a vergonha”!
Quando a gente viaja e passa por uma situação que não tem escapatória, todo o resto começa a parecer tão menos importante. É muito doido como a nossa percepção de prioridades diminui, e aquela vergonha que te impedia de fazer as coisas começa a ir embora, e o que entra no lugar dela é um sentimento de descoberta de quem você é, para onde você quer ir…A partir daí meu amigo, é só alegria!
2 – Aprenda o idioma local
Quando a gente pensa em intercâmbio, a gente pensa logo: preciso aprender Inglês!
Pois é, mas quando você está em países onde a língua inglesa não é a nativa, você pode estar perdendo muitas oportunidades por causa da barreira linguística. Aquela lojinha de doces na França onde só os locais vão. Aquela barraquinha de comida chinesa onde só o Senhor Miagui come, sabe?
3 – Tire fotos! Registre! Muito mesmo!
“Hoje, quando vejo o álbum do meu primeiro intercâmbio percebo que poderia ter segurado mais lembranças dessa viagem que foi tão marcante para mim”, conta Juliana Arthuso.
Algumas pessoas consideram o excesso de fotografia em uma viagem como um problema, pois dizem que na verdade a gente tem que curtir a viagem e não tirar fotos. Tem gente que fala que “quem tira foto é turista, viajante não faz isso”. Ah! Por favor, né? Quem somos nós pra definir quem é quem? Questão de opinião!
Sinceramente, hoje em dia é melhor dedicar meu “precioso” tempo registrar decentemente a viagem! É bem melhor do que voltar para casa e perceber que “não tirei as fotos que gostaria”, que “não tirei aquela foto clichê” ou “aquela pose que todo mundo tira”. Afinal…quanto é que a gente sabe que vai voltar para aquele mesmo lugar?
Você nunca mais será a mesma pessoa, mesmo que volte a um mesmo lugar. Registre quem você era naquela viagem, pois aquela versão de você não vai se repetir. Nunca mais.
É improvável que daqui dez ou vinte anos você se lembre de todos os lugares e todas as pessoas incríveis que conheceu, a menos que tenha esse registro no computador ou em papel.
4 – Faça uma mala menor do que aquela que você fez…e depois refaça.
Quando estamos inseguros com a primeira viagem, temos uma tendência a escutar conselho de mãe…”Leva uma blusa meu filho”, ou melhor “leva logo duas, três, quatro…lá é frio!”.
Quando vemos, estamos levando o armário inteiro, e se couber colocamos o cachorro dentro da mala junto com a gente, porque vai que ele sente saudades, né?
No fim das contas você acaba carregando peso desnecessário, não consegue ter espaço para comprar nada (nem aquele poncho fantástico do Peru, nem aquele negócio que parece uma bombacha que vendem na Oktoberfest da Alemanha, e nem aqueles sapatos de madeira que vendem na Holanda! Tudo por água abaixo. E aí você chega ao final da viagem e pensa: porque eu tive que trazer quatro pares de tênis?! Um só já era suficiente!
Juliana conta como conseguiu reduzir sua bagagem para “apenas um calçado fechado, e um chinelo, uma mochila com algumas trocas de roupa, e uma bolsa de mão para as “coisas importantes” como dinheiro, documentos, e um lanchinho“. E só!
5 – Você não está preparado, nem nunca vai estar.
Milhões de dúvidas, ansiedades e apreensões assaltam a cabeça de um viajante de primeira viagem. A hora de embarcar no avião se aproxima e dá um frio, um gelado na barriga. Se for de carona então, haja coração!
Juliana conta: “Eu conheço bem esse frio na barriga. Eu senti ele quando estava de mudança para Holanda, senti ele de novo quando mudei de volta ao Brasil, e cada vez que piso em um aeroporto sinto a mesma emoção”.
Será que estou preparada, ou preparado? Não, amigo, você não está. Sem ofensas, mas não tem como a gente se preparar 100% para nada. A única maneira de saber é fazendo. É embarcando numa experiência que irá desafiar (e mudar) sua vida. Nenhuma experiência desse tipo é fácil, mas o caminho é delicioso.
Podemos nos preparar, mas na hora de ir, é só você e o mundo…Daí só nos resta preciso respirar fundo, e simplesmente ir.
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