Um final de semana em Praga
Compramos Praga para um final de semana numa dessas companhias “baratezas”, que têm por aqui na Europa. Isso significa: viajar sem bagagem – apenas a de mão e num tamanho específico indicado por eles, e num avião nada confortável, mas significa também poder viajar muito. Então, tiramos de letra.
Escolhemos um hotel bem no centro de Praga – Grand Hotel Bohemia, super recomendo. Acordamos cedo no sábado e saímos com o mapa na mão para conhecer a cidade. Andamos por todos os principais pontos turísticos – para falar a verdade a cidade inteira tem coisas para ver. Praga é cheia de passado e é uma delícia caminhar por ele – me sentia num filme. Em alguns momentos esbarrava com algum músico de rua tocando gaita, ou flauta, ou violino, enfim, a música mais toda aquela atmosfera faziam uma combinação mais que perfeita.
Uma das coisas mais fascinante de Praga é ver o contraste entre o passado da sua arquitetura com a quantidade de jovens que existem por lá ou que visitam a cidade. Vimos pelo menos uns quatro grupos de meninas fazendo despedida de solteira – ai se eu soubesse, viu.
O que leva esse pessoal para Praga? As baladas? A cerveja boa e mega barata? A música? A tolerância com algumas drogas? Talvez um pouco de cada coisa. Só sei que a noite é deles… e é fácil de saber qual é a balada, é só seguir o fluxo… Eu e Roy preferimos comprar um espumante e ir para o hotel, tínhamos mais um dia de andança pela frente.
Esse aqui é o nosso hotel. Adorei a localização, pertinho da Praça da Cidade Velha.
Agora, vamos andar pela cidade:
Um pouquinho da Cidade Velha (Stare Mesto) com a sua arquitetura que passeia em vários estilos – uma verdadeira aula a céu aberto, e mostra a riqueza das antigas famílias nobres que viviam na região.
Abaixo, a Casa Municipal totalmente “Art Nouveau”, que desde a sua inauguração em 1912 é o ponto de encontro para quem gosta de bons concertos e exposições.
A Praça da Cidade Velha é um dos lugares mais importantes de Praga, principalmente pela quantidade de eventos históricos que já aconteceram por lá. Nela, ficam também algumas paradas importantes como o Relógio Astronômico e a (linda e imponente) Igreja Nossa Senhora de Týn – difícil de achar a entrada que é escondida dentro de uma das casas que a circundam.
O relógio astronômico fica no prédio que simboliza a independência política da Cidade Velha, já que era a antiga prefeitura. De hora em hora uma multidão se concentra ali nos pés do relógio para ver as figuras de madeira pintada: os apóstolos, o Cristo, a caveirinha que representa a morte, entre outros, darem o “show” da mudança de hora. O relógio é dividido em duas partes: a de cima indica a hora e as posições do sol, da lua e dos planetas. A de baixo, representa os meses do ano com os seus correspondentes signos.
Tenho que confessar que falaram tanto do relógio para mim que esperava mais….
Fomos xeretar a vista lá de cima da torre do relógio. Qualquer lugar alto que você vá em Praga é certeza de sucesso.
Alguns turistas conhecem a cidade nesses carros mega charmosos, o mtorista pára nos principais pontos turísticos e conta a história. Bem legal para quem gosta de passear com guias….eu e o Roy somos mais de estudar sobre a cidade antes e depois bater perna para procurar aqueles lugares que temos interesse em conhecer.
Outro região de Praga que vale a visita é o Bairro Judeu….passamos pelo cemitério que fica no Museu Judaico. Esse Cemitério Judeu é um dos mais antigos da Europa.
Chegamos ao Parque Letná que fica numa colina perto do rio e é meio que uma continuação do jardim real. Vale dar um pulo lá pela vista.
Não sei qual foi a ideia dos tênis…só sei que não foi legal!
Esse foi o mais perto da neve que eu cheguei na vida. Essa neve ai deve ser de semanas passadas. Vários pontos da cidade tinham pedacinhos brancos. Aproveitei o quanto eu pude.
Gente, e esses bondinhos que charme!!! Achei que super combinam com a cidade!!
Entrando nos domínios do Castelo de Praga.
O Castelo de Praga é um dos monumento mais importante de toda a República Tcheca. Sede do poder político e religioso desde o século IX, o castelo é gigantesco e tem inúmeros palácios, igrejas, pátios e jardins. Hoje, o castelo é a residência oficial do Presidente da República.
Troca da guarda.
A Catedral de São Vito – linnnnnda!
Nosso encontro com a famosa cerveja Tcheca.
Continuando o nosso passeio…encontramos ela que para mim é a grande estrela de Praga – a Charles Bridge. É impressionante… Construída no séc IVX, se tornou o monumento gótico mais importante de Praga e conta com uma passarela que é praticamente uma galeria de arte, cheia de esculturas incríveis. As imagens são todas religiosas e a ideia é tranformar o caminhar pela ponte numa ida da terra ao céu.
Por outro lado, muitas lendas também rondam a ponte…como a história de não caminhar por ela a meia noite para evitar encontrar fantasmas de algumas das figuras que foram executadas ali mesmo. Outro mistério é a durabilidade da ponte…passaram-se muitos anos e guerras e ela continua firme e forte. Dizem que o motivo disso é que na sua argamassa foi usada uma mistura de ovos, vinho e leite – vamos aplicar isso no puxadinho pessoal.
Bom, lendas ou não, eu não deixei de tocar na estátua de São João de Nepomuceno. Diz a lenda que o general, que depois virou santo, foi atirado da ponte por não querer revelar os segredos da Rainha Sofia (esse era amigo, hein)… tocar em sua base dizem que dá sorte.
Cadeado na ponte…agora já era, o Roy vai ter que me aguentar para sempre!!
Vários artistas ficam por toda a ponte mostrando os seus trabalhos.
Do alto das torres da ponte é possível ter uma vista privilegiada.
Quando escurece a ponte continua dando um show.
Sempre que viajamos fazemos o esquema de almoçar pela cidade…de preferência uma comida bem local – tipo barraquinha de rua mesmo, e no jantar a gente escolhe algum restaurante mais caprichado. Adoro isso, o jantar vira realmente um evento.
Experimentamos o pão famoso que tem em todas as ruas de Praga. É um pão, que eles passam no açúcar e na canela, e é servido quentinho… O cheiro dele passeia por toda Praga – é irresistível. Já comprei logo o combo: vinho quente e pãozinho.
Durante a nossa andança do dia, passamos na frente de um restaurante que era de cara para a Charles Bridge – uma vista incrível, até tinha lido sobre ele na minha pesquisa pré-viagem. Bom, não pensamos nem duas vezes… paramos por lá e reservamos a nossa mesa para mais tarde.
O nome do restaurante é Kampapark . Pedimos o menu degustação, super bem servido (5 pratos) e tudo bem diferente – a sopa com frutos do mar foi a minha favorita.
Aqui o nosso encontro com o restaurante. O andar de cima é o máximo, mas no inverno não é uma boa pedida para o jantar.
Durante o dia é bacana parar nele e tomar uma cerveja com essa vista:
No domingo saímos do hotel umas 10h e fomos andando em direção da Cidade Nova (Nove Mesto).
Encontramos o famoso Edifício Dançante dos arquitetos contemporâneos Frank O. Gehry e Vlado Milunic, inspirado na saia de cristal da atriz Ginger Rogers no filme “Nas Águas de Esquadra”. Parece de mentira de tão inusitado que é esse prédio no meio de Praga – tem que conhecer.
Outro jeito bacana de conhecer Praga é nesses “patinetes motorizados”… Vários casais e seus guias se divertindo por Praga.
Museu Nacional – testemunha de importantes momentos históricos, ainda tem marcas das balas dos tanques soviéticos de 1968!
E para os que gostam de experimentar coisas diferentes…hotel e restaurante em barcos. Acho bem legal…a noite tem vários cruzando o rio. O jantar neles deve ser bem romântico.
Arte nas ruas de Praga:
Vários presentinhos fofos para trazer para casa.
Em muitas lojas, você pode encontrar essas bruxas macabras. Dizem que elas trazem sorte.
Dois dias em Praga foram suficientes para passearmos e conhecermos muitas coisas. Foi delicioso.
O bom de Praga é que você pode ir em momentos diferentes da vida. Primeiro, jovem na pegada da balada e depois num momento casal, romântico. Ou quem sabe, casal romântico na pegada da balada.